ATA DA NONAGÉSIMA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 24-11-2003.

 


Aos vinte e quatro dias do mês de novembro de dois mil e três, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi efetuada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães e Zé Valdir. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo Filho, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sebastião Melo, Valdir Caetano e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Na ocasião, face à inexistência de quórum deliberativo, deixaram de ser votadas as Atas da Octogésima Sexta e Octogésima Sétima Sessões Ordinárias. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador Ervino Besson, o Projeto de Lei do Legislativo n° 467/03 (Processo n° 6538/03); pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de Providências nos 2595, 2596, 2597, 2598, 2599, 2600, 2601, 2602, 2603, 2604, 2605, 2606, 2607, 2608, 2610, 2611, 2612 e 2613/03 (Processos nos 6434, 6435, 6436, 6438, 6452, 6456, 6457, 6458, 6459, 6464, 6469, 6470, 6471, 6472, 6483, 6484, 6485 e 6486/03, respectivamente) e os Projetos de Lei do Legislativo nos 459 e 464/03 (Processos nos 6411 e 6463/03, respectivamente); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providências nos 2624, 2625, 2626, 2627, 2628, 2629, 2630, 2631, 2632, 2633, 2634, 2635, 2636, 2637, 2638, 2639, 2640, 2641, 2642, 2643, 2644, 2645, 2646, 2647, 2648, 2650, 2651, 2652, 2653 e 2654/03 (Processos nos 6501, 6502, 6503, 6504, 6505, 6506, 6507, 6508, 6509, 6513, 6514, 6515, 6516, 6517, 6520, 6521, 6523, 6524, 6525, 6526, 6527, 6528, 6530, 6532, 6533, 6544, 6545, 6547, 6548 e 6549/03, respectivamente); pelo Vereador Reginaldo Pujol, o Pedido de Providências nos 2649/03 (Processo n° 6534/03). Também, foi apregoado o Ofício nº 642/03, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 052/03 (Processo nº 6541/03). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 10547345, 10553366, 10608590, 10608766, 10609009 e 10609602/03, do Senhor Reginaldo Muniz Barreto, Diretor-Executivo do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou o transcurso, no dia vinte e dois de novembro do corrente, dos sessenta anos de independência do Líbano. Também, face Questões de Ordem formuladas pelo Vereador Reginaldo Pujol, prestou esclarecimentos acerca do Projeto de Lei do Executivo n° 052/03 e informou que este Projeto será incluído para discussão em Pauta na Sessão Ordinária do dia vinte e seis de novembro do corrente. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor João Nunes de Freitas, Presidente da Associação dos Moradores da Vila São Vicente Mártir, que discorreu sobre o Projeto de Lei do Legislativo n° 041/03, que estima a Receita e fixa a Despesa do Município de Porto Alegre para dois mil e quatro, solicitando que, com referência a esse Projeto, não sejam aprovadas Emendas que alterem destinações de recursos priorizados pela população por meio do Programa de Orçamento Participativo de Porto Alegre. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Sebastião Melo, João Carlos Nedel, Isaac Ainhorn, Cláudio Sebenelo, Carlos Alberto Garcia, Reginaldo Pujol, Zé Valdir e Raul Carrion manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Isaac Ainhorn, na condição de Presidente da Comissão Especial constituída na Casa com o objetivo de avaliar os primeiros anos de implantação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental do Município, convidou a todos para a primeira audiência pública dessa Comissão, a ser realizada amanhã, tendo como tema principal questões ligadas à Região de Planejamento Urbano I, também denominada Região Central de Porto Alegre. O Vereador João Bosco Vaz saudou a vitória do Brasil no 11º Mundial de Punhobol Masculino, ocorrido entre os dias dezesseis e vinte e três de novembro do corrente, em Porto Alegre, elogiando a atuação da equipe brasileira e o esforço dos organizadores do evento. Finalizando, solicitou que esta Casa convide os atletas integrantes da Seleção Brasileira de Punhobol para comparecerem em Sessão Plenária, a fim de serem homenageados pela conquista desse Título. Em continuidade, foram apregoadas as Emendas nos 86 e 87, de autoria do Vereador Cassiá Carpes, subscritas pela maioria dos integrantes da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL, ao Projeto de Lei do Executivo n° 041/03 (Processo n° 5344/03). Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Wilton Araújo saudou a presença, na Casa, de representantes de grupos umbandistas e africanistas do Estado do Rio Grande do Sul, mencionando o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 011/03, referente à isenção de tributos para templos religiosos instalados no Município. Ainda, analisou dificuldades enfrentadas pela comunidade negra na luta contra a discriminação e pela preservação de sua história. O Vereador Darci Campani elogiou a vitória da equipe da Sociedade de Ginástica Porto Alegre – SOGIPA - na abertura do “playoff” final do I Grand Prix Nacional de Judô, ocorrido dia vinte e três de novembro do corrente, na Cidade. Também, solicitou a realização, pela Casa, de uma homenagem aos atletas da SOGIPA, ressaltando o bom desempenho alcançado por eles em competições nacionais e internacionais de judô. O Vereador Luiz Braz informou que votará pela aprovação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 011/03, de autoria do Vereador Wilton Araújo. Ainda, teceu considerações acerca do Projeto de Lei do Executivo n° 041/03, que estima a Receita e fixa a Despesa do Município para o exercício financeiro de dois mil e quatro, comentando pronunciamento efetuado hoje na Casa pelo Senhor João Nunes de Freitas a respeito do assunto. A Vereadora Maria Celeste registrou o transcurso, amanhã, de eventos relativos ao dia internacional de combate à violência contra as mulheres, a serem realizados em todo o mundo, na busca da reflexão e conscientização sobre o tema. Nesse sentido, analisou, em especial, dados referentes aos casos de violência contra a mulher no Brasil, solicitando a implantação de medidas que garantam apoio e segurança à população feminina. A Vereadora Margarete Moraes avaliou a gestão do Senhor João Verle, Prefeito Municipal de Porto Alegre, enfocando atividades e programas realizados na área da cultura no Município e destacando a restauração do Paço Municipal, do Cine Theatro Capitólio e a construção de uma pista de eventos. Nesse sentido, mencionou reportagem favorável sobre o complexo cultural do Porto Seco, publicada no jornal Zero Hora do dia vinte e um de novembro do corrente. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou o transcurso do aniversário, hoje, do Vereador Valdir Caetano. Após, foi apregoada a Subemenda n° 01, de autoria do Vereador Dr. Goulart, Vice-Líder da Bancada do PDT, à Emenda nº 69, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 041/03 (Processo nº 5344/03). Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo n° 018/03, os Projetos de Lei do Legislativo nos 451, 454 e 457/03, este discutido pelo Vereador Zé Valdir, o Projeto de Lei do Executivo n° 050/03, o Projeto de Resolução n° 118/03, discutido pela Vereadora Margarete Moraes; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 434, 448, 449, 452 e 453/03, os Projetos de Lei do Executivo nos 048/03, discutido pelo Vereador Zé Valdir, e 049/03, discutido pelos Vereadores Zé Valdir, Reginaldo Pujol e Margarete Moraes, o Projeto de Resolução n° 117/03, discutido pelas Vereadoras Margarete Moraes e Maria Celeste, o Projeto de Lei Complementar do Executivo n° 011/03; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo n° 021/98, os Projetos de Resolução nos 105, 106, 111, 113/03, este discutido pela Vereadora Margarete Moraes, 114, 115 e 116/03, este discutido pelo Vereador Carlos Alberto Garcia, os Projetos de Lei do Legislativo nos 429, 439, 441 e 446/03. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Cláudio Sebenelo referiu-se a declarações feitas pelo Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República, sobre o recadastramento e a possibilidade de suspensão do pagamento de pensionistas da Previdência Social e comentou estudo intitulado “Gasto Social do Governo Central”. Também, abordou a instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito para averiguar a questão da saúde pública do Município de Porto Alegre. O Vereador Pedro Américo Leal discorreu acerca da segurança pública nacional, salientando crimes praticados por adolescentes com idade inferior a dezoito anos e contestando aspectos da Lei Federal nº 8.069/90, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Nesse contexto, criticou a estruturação atual e a manutenção da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor – FEBEM - e do sistema penitenciário brasileiro. Na ocasião, foram apregoados Requerimentos, deferidos pelo Senhor Presidente, solicitando votação em destaque para Emendas relativas ao Projeto de Lei do Executivo nº 041/03 (Processo nº 5344/03), conforme segue: do Vereador Beto Moesch, para as Emendas nos 55, 56, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81 e 82; do Vereador Haroldo de Souza, para a Emenda nº 21; do Vereador Sebastião Melo, para as Emendas nos 18, 32, 33, 34, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64 e 65; do Vereador Luiz Braz, para as Emendas nos 12, 36, 37 e 38; do Vereador Reginaldo Pujol, para as Emendas nos 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 83 e 84; do Vereador Cláudio Sebenelo, para a Emenda nº 44; do Vereador Wilton Araújo, para as Emendas nos 39 e 40. Em o COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Cassiá Carpes reportou-se à inauguração de uma casa-lar no Bairro Intercap, elogiando as atividades realizadas com crianças e adolescentes nessa instituição. Ainda, citou matéria publicada no jornal Zero Hora de hoje, intitulada "Prefeitura propõe taxa para pagar dívida com a CEEE", alegando que aumento nas contas de energia elétrica, em favor da Prefeitura Municipal, não resolverão esses débitos. O Vereador Isaac Ainhorn discutiu o Projeto de Lei do Executivo nº 087/02, que institui no Município de Porto Alegre a Contribuição para Custeio da Iluminação Pública, discorrendo sobre aspectos relativos ao aumento nas contas de energia elétrica em função da aprovação desse Projeto de Lei. Nesse sentido, comentou que as verbas para a iluminação pública provenientes do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS - são suficientes para a manutenção dessas despesas. O Vereador Wilton Araújo reiterando a presença na Casa de representantes de religiões umbandistas e africanistas, exaltou a importância do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 011/03, que trata da isenção de impostos para essas entidades. Também, explicou a razão da escolha do dia vinte de novembro como Dia da Consciência Negra, lembrando a história de Zumbi dos Palmares. O Vereador Haroldo de Souza discutiu a questão da discriminação racial, alegando que todas as pessoas deveriam ter direitos iguais, independente de sua cor, sem a necessidade de destinação de cotas especiais para ingresso no serviço público ou universidades. Ainda, expressou sua posição contrária à Contribuição para Custeio da Iluminação Pública, justificando haver má gestão dos recursos municipais em Porto Alegre. O Vereador Carlos Alberto Garcia enfocou a realização do Campeonato Mundial Aberto de Tae-Kwon-Do, realizado entre os dias vinte e um a vinte e três de novembro do corrente, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, elogiando o empenho do Governo do Estado e de diversas entidades no apoio a esse Campeonato e questionando a não-participação da Prefeitura Municipal de Porto Alegre na organização do evento. O Vereador Raul Carrion discorreu a respeito do Campeonato Mundial Aberto de Tae-Kwon-Do e aludiu à sua participação no Congresso da União Brasileira de Estudantes Secundaristas, ocorrido em Alvorada - RS. Também, ressaltou a homenagem a Zumbi dos Palmares e as presenças do Senador Paulo Paim e do músico Giba Giba, nesta Casa, nos dias vinte e vinte e um de novembro do corrente, respectivamente, bem como contestou a aprovação de aumento de alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS - no Estado. O Vereador Marcelo Danéris dissertou acerca dos principais Projetos em tramitação neste Legislativo, salientando a necessidade de que haja acordo entre as diversas Bancadas para a votação, até o final do corrente ano legislativo, de proposições consideradas por Sua Excelência como prioritárias. Nesse aspecto, citou como exemplo os Projetos referentes ao Orçamento Municipal para dois mil e quatro e ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN. O Vereador Reginaldo Pujol, expressando-se quanto à proposta feita pelo Vereador Marcelo Danéris, em Comunicação de Líder, no que tange à priorização na votação de determinadas matérias nesta Casa, sustentou o ponto de vista de que as proposições sobre as quais não haja polêmica sejam votadas no dia de hoje e as demais, como aquela que versa sobre o Orçamento Municipal, sejam debatidas com um maior aprofundamento e votadas nas duas próximas Sessões Ordinárias. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado o Processo nº 6439/03 (Requer a indicação do Vereador Elias Vidal para representar externamente este Legislativo na Conferência Nacional de Educação - CONFENE, de vinte e sete a vinte e nove de novembro do corrente, em Brasília - DF, com percepção de diárias e passagens aéreas), de autoria da Comissão de Educação, Cultura e Esportes. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 246/01, 161, 162, 185, 188, 211, 215, 235, 239, 243, 246, 251, 252, 331, 338, 345, 351, 354, 360, 412, 213 e 229/03. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 082/03. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 369/03, por vinte e nove votos SIM, tendo votado os Vereadores Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Valdir Caetano, Wilton Araújo e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 425/03, por vinte e nove votos SIM, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Valdir Caetano, Wilton Araújo e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 074/03, por vinte e oito votos SIM, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Dr. Goulart, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Valdir Caetano, Wilton Araújo e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 087/03, por vinte e sete votos SIM, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Wilton Araújo e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 076/03, por vinte e oito votos SIM, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Darci Campani, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Nereu D’Avila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Wilton Araújo e Zé Valdir. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Resolução nos 077, 075, 080 e 086/03. Em Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 011/03, com ressalva da Emenda a ele aposta, por dezenove votos SIM e nove votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Marcelo Danéris, Luiz Braz, Raul Carrion, Sebastião Melo, Reginaldo Pujol, Nereu D'Avila, Elói Guimarães e Carlos Alberto Garcia, em votação nominal solicitada pelo Vereador Wilton Araújo, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Wilton Araújo e Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Darci Campani, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion e Renato Guimarães. Foi rejeitada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Complementar do Legislativo nº 011/03, por quinze votos SIM e onze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Cassiá Carpes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Nereu D'Avila, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Darci Campani, Juarez Pinheiro, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion, Renato Guimarães, Wilton Araújo e Zé Valdir. Na oportunidade, foi apregoado o Projeto de Lei do Complementar do Legislativo nº 020/03 (Processo nº 6587/03). Às dezoito horas e vinte e sete minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores João Antonio Dib e Elói Guimarães e secretariados pela Vereadora Maria Celeste. Do que eu, Maria Celeste, 1ª Secretária, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores Vereadores presentes.

 

 


O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): No dia de hoje, dois dias depois do dia 22, o Líbano completa 60 anos de independência. O Líbano dos fenícios, o Líbano dos meus pais, dos meus avós, dos meus tios, das minhas tias, dos meus primos, do meu tio-avô, João Dib, que era Prefeito de Four El Arab. Quando os meus pais vieram dessa cidade, Four El Arab, o meu tio-avô pediu à minha mãe que, se tivesse um filho homem, chamasse-o de João, porque ele queria continuar. Curiosamente, esse meu tio-avô tinha saído de Vacaria de volta para o Líbano depois que sua esposa teve um filho e morreu no parto.

Eu também saí de Vacaria, terminei Prefeito de Porto Alegre; ele terminou Prefeito de Four El Arab. Morreu nessa condição.

Mas, o Líbano é o país da liberdade, é “a Suíça do Oriente”. O Líbano foi submetido ao domínio turco, ao domínio francês; hoje é um país que se reestrutura, que se recupera depois dos acontecimentos em razão de guerras das quais ele não participou.

Então, aos libaneses de Porto Alegre, aos libaneses do Rio Grande, do Brasil - porque os libaneses estão em todo o mundo; em todas as cidades do mundo dificilmente deixa de haver um libanês, porque o libanês é um povo que se comunica perfeitamente bem -, a saudação da Casa do Povo de Porto Alegre, desejando-lhes felicidades e desejando que continuem a amar o Brasil, como o amam. Saúde e paz para todos! (Palmas.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu ouvi atentamente a Sra. 1ª Secretária lendo as matérias que foram encaminhadas à Casa no dia de hoje, dentre as quais consta um Projeto de Lei do Executivo que pede autorização da Casa para a alienação de ações em entidades em que o Município tem uma participação minoritária.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Executivo encaminhou um pedido que autoriza a alienação de ações minoritárias, de propriedade do Município, e dá outras providências. As ações minoritárias, aqui consta que são 22.085 ações ordinárias e 70.993 preferenciais, relativas à Petrobras, que hoje representam o valor contábil de R$ 8.018.614,08.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, exatamente, eu previa que se tratasse de alguma situação excepcional. Então, eu gostaria que V. Exa. colocasse na próxima reunião de Lideranças qual o tratamento que vai ter esse Projeto, porque se trata de uma alienação excepcional, e nós estamos nos 20 últimos dias do ano Legislativo e eu não sei se o Executivo tem a pretensão de que essa matéria seja votada ainda neste período Legislativo. E se o for, só poderá ser numa excepcionalidade.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Ele vai ser incluído na Pauta na próxima quarta-feira e depois poderá ser solicitada a urgência, se for o caso.

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. João Nunes de Freitas, representando a Associação dos Moradores da Vila São Vicente Mártir, está com a palavra para tratar de assunto relativo ao Orçamento Participativo.

 

O SR. JOÃO NUNES DE FREITAS: Muito obrigado, Sr. Presidente. Boa-tarde! Eu gostaria, primeiramente, de agradecer a Sra. Telia Negrão, Presidenta da Associação Coletivo Feminino Plural, por ter aceitado a troca de dia, por entender a importância da discussão da Peça Orçamentária que se dá, neste momento, nesta Casa.

Gostaria também de informar que não sou filiado a nenhum Partido, que não tenho vínculo partidário algum. Sou Funcionário Público Estadual concursado, sou Agente Penitenciário Classe C, tenho 18 anos de função pública, sendo essa a forma com que sustento a minha família. Sou Presidente da Associação de Moradores da Vila São Vicente Mártir desde março de 2000. A Vila São Vicente Mártir é uma Vila localizada no Bairro Camaquã, na região Centro-Sul do Orçamento Participativo.

A partir do momento em que assumi a presidência, eu me envolvi com o OP, pois eu não entendia por que algumas comunidades recebiam tantas obras de melhorias, e a nossa não. Quando cheguei lá, a primeira coisa que pensei é que iriam me perguntar qual era o meu Partido. Mas não, as pessoas comuns como eu, lideranças comunitárias na época, conselheiros da região, entregaram-me um livreto chamado “Regimento Interno” e disseram: “neste livro tu encontrarás todas as regras do Orçamento Participativo de Porto Alegre e o que tu podes demandar ou não”. Eu, desconfiado, perguntei: quem fez essas regras? - e eles responderam: “Os conselheiros do ano passado, e se tu achares que alguma coisa tem de ser mudada, em dezembro nós vamos fazer uma discussão do Regimento para o ano que vem, e tu podes mandar propostas de alterações que, se forem aprovadas nesse FROP (Fórum Regional do Orçamento Participativo), os conselheiros da Região irão defendê-lo lá no COP (Conselho do Orçamento Participativo)”. Isso me marcou muito positivamente, pois como as pessoas tinham criado um sistema que permitia que um cidadão comum como eu, que se criou em uma vila, pudesse decidir onde investir os recursos públicos e quais as regras para esse investimento.

Outro fato marcante aconteceu quando nós estávamos organizando as demandas da região e havia uma comunidade que demandava pavimentação de uma rua. Esse pedido era muito resumido, ali não havia mais do que 15 palavras, entre elas umas dez estavam escritas com erro ortográfico, mas isso não impediu que a comunidade levasse a sua demanda.

Este ano, o Conselho do Orçamento Participativo de Porto Alegre foi surpreendido pelo número de emendas do Legislativo Municipal à Proposta Orçamentária do Município, de 2004, casualmente um ano eleitoral. Essas emendas, apesar de pontuais, descaracterizam completamente a proposta orçamentária que foi construída pela iniciativa popular, comunitária, em parceria com o Executivo. Notem, senhores, que várias demandas ocorrem na área de Saúde Pública, talvez porque os nobres Vereadores não saibam que o Município já cobre em torno de 30 milhões, em média, a mais por ano para cobrir as despesas do SUS, que esse valor é quase o mesmo que é investido em Habitação, que é a primeira demanda do Orçamento Participativo de Porto Alegre.

Outras emendas tiram valores de alguns itens previstos, como a Emenda nº 42, que retira do carnaval de rua o valor de 50 mil reais. E a Emenda nº 74, que acrescenta 50 mil no carnaval de rua.

Outra Emenda destina o valor de 50 mil reais para o Programa SASE – Serviço de Apoio Social Educativo em Meio Aberto da FASC. Nós perguntamos: o Vereador sabe o custo de uma turma do SASE? Pois vamos informar: o custo anual de um SASE, de 60 atendimentos entre crianças e adolescentes, é de 50 mil reais/ano. O que o Vereador quer? Indicar qual a comunidade que irá levar esse atendimento? Pois temo a informar que no próximo ano a Prefeitura estará credenciando mais 10 SASEs; em torno de 10 Trabalhos Educativos e em torno de cinco Programas de Família Cidadã. Para quem serão essas entidades? Para quem vão esses programas? Vão para as comunidades que se mobilizaram e participaram do processo do Orçamento Participativo. E, além disso, serão analisadas pelo CMDCA e pelo CMAS, para comprovarem ter condições para o conveniamento desses programas.

Outra Emenda propõe 36 mil reais para a Escola Evangelho Reino de Deus. Nós perguntamos: e as outras religiões?

Outra propõe retirar 500 mil reais da pavimentação comunitária, valor esse equivalente a mais ou menos 500 metros lineares de pavimentação. Como ficam as comunidades que demandaram a pavimentação?

Outra propõe acrescentar à SMED – Auxílio à Creches Comunitárias – 36 mil reais. Mas perguntamos: o ilustre Vereador não sabe quanto custa um convênio de uma creche por ano? Em torno de 50 mil reais para um atendimento de 40 crianças, que é o número mínimo de atendimentos permitido. O que faremos com os 36 mil reais?

Outra Emenda ainda propõe que seja repassado um auxílio à ALAN – Associação Liga de Amparo aos Necessitados – de 20 mil reais. Nós perguntamos: o Vereador sabe que a ALAN tem repasse anual em torno de 100 mil reais por meio dos convênios com a Prefeitura?

Há uma outra Emenda popular que propõe repassar 40 mil reais para a UAMPA. As pessoas dizem: “Isso é uma Emenda Popular”. As pessoas sabem que a UAMPA já recebe 30 mil reais anualmente do Município, sabem que existe uma disputa político-partidária lá dentro, e que parece que este ano os partidos farão uma chapa de consenso político-partidária, que, das 504 associações que são sócias da UAMPA, somente 58 poderão votar no processo eleitoral, porque eles cobram mensalidade, muito embora a chapa atual da UAMPA tenha sido eleita, porque houve, na época, uma isenção de mensalidade. Quem diz isso é o presidente de uma associação que foi fundadora da UAMPA. Nossa fundação de associação é de 1978, bem antes da UAMPA.

Tendo conhecimento das limitações orçamentárias do Município de Porto Alegre e considerando que há uma Lei de Responsabilidade Fiscal, com a qual o COP está de acordo, afirmamos que o Orçamento Participativo tem-se pautado na defesa do bem público e na qualidade de vida da população. Destacamos que foi com base na Lei de Responsabilidade Fiscal que a matriz orçamentária foi debatida nas mais diferentes instâncias deliberativas da participação popular nas 16 regiões e 6 temáticas do OP.

Com base nas considerações expostas, o Conselho do Orçamento Participativo, em seu 15º ano de existência, vem a público informar que, em reunião ordinária, debatemos sobre o excessivo número de emendas à proposta orçamentária. Também comunicamos que formamos uma comissão que estuda os caminhos legais para evitar a aprovação da proposta orçamentária na forma como ela se encontra, o que pode inviabilizar o próximo exercício fiscal do Executivo.

Portanto, com base na legitimidade que nos é conferida pelos 15 anos de Orçamento Participativo, o Conselho do Orçamento Participativo pede aos senhores Legisladores que considerem esse manifesto na hora de votarem a referida Peça Orçamentária.

O COP também torna público que tem delegações de todos os fóruns regionais e temáticos para se manifestarem com a responsabilidade que o fato exige.

Reafirmamos o nosso reconhecimento ao direito de todos os senhores Vereadores apontarem emendas à Peça Orçamentária em exame nesta Câmara, mas desde que essas emendas tenham critério e sejam resultado de uma discussão clara, transparente e com a participação popular das comunidades. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Prezado Presidente, prezados Vereadores e Vereadoras, a nossa saudação ao Sr. João Nunes de Freitas e toda a comunidade que o acompanha aqui nesta data. Presidente, eu quero dizer que nós temos um respeito muito grande pela participação popular e achamos que ela é um caminho sem volta. Mas, da mesma forma que entendemos que a participação popular é um processo muito importante para a vida de uma cidade, de um País e de um Estado, eu não posso querer desconstituir a democracia representativa. Então, os senhores têm toda legitimidade para discutir o Orçamento: “Faz isso!” Agora, por favor, eu não sei se o senhor veio aqui falar em nome do Governo ou em nome da sociedade, porque o seu discurso parecia muito mais que o senhor está em nome do Governo, e isso não me agrada, e eu sou um profundo respeitador da sociedade civil organizada.

 

(Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Eu peço atenção, por favor.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Agora, a verdadeira participação popular, que eu sempre defendi, é uma participação popular que não seja manietada por um Partido político, mas que seja da sociedade. Portanto, eu respeito o contraditório. A nossa luta é uma luta que se constituiu ao longo de um tempo, não de hoje, como Vereador, mas como advogado da luta popular. Agora, por favor, eu acho que querer desconstituir um Poder, dizendo que ele não pode apresentar emendas é um desrespeito contra este Legislativo, o qual eu não aceito, não admito de maneira alguma! Porque da mesma forma que eu acho que os senhores têm toda legitimidade para intervir no Orçamento - e têm toda legitimidade. Os senhores não têm o direito de dizer que esta Câmara não pode propor emendas. Eu propus algumas emendas, fruto de discussão coletiva, não foi individual; vou sustentá-las neste plenário! Todas essas emendas! Da mesma forma que eu acho que os senhores têm toda legitimidade para propor as alterações, quando chegar aqui o Orçamento.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Eu quero chamar a atenção dos nossos visitantes que o orador, que representou os visitantes, foi ouvido com toda atenção por todos os Srs. Vereadores; e eu exijo a mesma atenção para os Vereadores, por uma questão de educação e por uma questão de democracia também.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, eu queria que me fosse permitido dizer que isso não nos assusta, porque a ditadura não nos fez calar e não é dessa forma organizada, quando se aproxima a votação do Orçamento, vir aqui dizer: “Vocês têm de votar sim ou não.”

Olha, eu não vi nenhuma dessas pessoas aqui na discussão da proposta que foi discutida neste plenário; agora, quando falta meia hora para votar, todos estão aqui dizendo como é que vou votar. Eu vou votar de acordo com a minha consciência e de acordo com aquilo que discutimos com a Cidade.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Correto, Vereador, eu peço a atenção dos senhores visitantes: os senhores estão sendo respeitados. O orador que os representa foi ouvido com toda atenção por todos os Vereadores, e peço que tenham o mesmo respeito que estamos tendo com os senhores. A Casa é do povo e o povo é muito educado. Eu tenho certeza que vocês também fazem parte desse povo.

O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Meu prezado João Nunes de Freitas, Presidente da Associação dos Moradores da Vila São Vicente Mártir, em nome da Bancada do Partido Progressista lhe dou as boas-vindas. Esta Casa é democrática, totalmente democrática, V. Sa. tem o direito de vir aqui e dizer o que bem entender. Como V. Sa. apresentou-se em nome da Associação dos Moradores, eu fiquei receptivo para ouvir as necessidades dos moradores de que V. Sa. é líder, e não ouvi nenhuma! Puxa vida, não há nenhuma reivindicação, nenhuma solicitação, está tudo bem!

Vossa Senhoria veio aqui falar em nome do Conselho do Orçamento Participativo, e veio dizer que os Vereadores... Vossa Senhoria disse que nós temos direito de apresentar emendas, V. Sa. está certo, como o Orçamento Participativo é um órgão auxiliar do Poder Executivo. Agora, gostaríamos de deixar muito clara a necessidade de respeitar o Poder Legislativo, que é a soma da vontade da população. Vossa Senhoria examinou as Emendas, tem todo o direito. Agora, eu peço também que V. Sa. examine o porquê o Executivo ainda não cumpriu as demandas do Orçamento Participativo de 2000, de 2001, de 2002 e de 2003. Eu gostaria que V. Sa. viesse aqui e nos orientasse na fiscalização do cumprimento das promessas ao Orçamento Participativo.

Nós vamos votar o Orçamento de acordo com a nossa consciência, e tenha a certeza que de será para o bem da comunidade. Vossa Senhoria é muito bem-vindo, mas também nós,Vereadores, exigimos respeito ao Poder Legislativo, que nada tem a ver com o Poder Executivo.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, quero cumprimentar V. Exa. e o representante da Associação dos Moradores da Vila São Vicente Mártir. O representante da Vila São Vicente Mártir, eu quero saudar e tão-somente o representante da Vila São Vicente Mártir, conquanto, nós, Vereadores, temos as prerrogativas de apresentar emendas. Se o relator das emendas rejeitou 68, o Vereador tem prerrogativas de requerer, com um determinado número de assinaturas de Vereadores, o destaque das emendas, e é o que nós vamos fazer na defesa das prerrogativas do Legislativo Municipal, porque o Legislativo Municipal é um Poder constituído, e na opinião deste Vereador, enquanto o Orçamento Participativo não for institucionalizado por lei, garantindo direitos e obrigações escritas, nós não vamos reconhecê-lo, impondo a sua vontade sob pressão e constrangimento.

Com vaias, não estou preocupado!

 

(Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Estou pedindo novamente respeito aos Senhores Vereadores. Cada um tem o direito de emitir a sua opinião. O representante dos senhores foi ouvido com toda a atenção pelos Vereadores.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Eu ouvi alguém dizer com muita propriedade: “Quando eles batem na porta para pedir votos”. É uma prerrogativa, assim como esta senhora que fez esta afirmativa tem o direito de fazer campanha eleitoral para Vereador, para escolher os seus representantes. Hoje, os que estão aqui foram eleitos, na sua maioria, pela oposição, como representação política da cidade de Porto Alegre. Portanto, nós vamos destacar todas as Emendas e vamos lutar pela aprovação das mesmas. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Eu não devo pedir mais vezes para as pessoas que moram na São Vicente Mártir, onde eu tenho parte do meu coração, que tenham mais atenção com os Vereadores.

O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ilustres visitantes, Sr. João Nunes de Freitas, Presidente da Associação dos Moradores da Vila São Vicente Mártir, eu gostaria, e pediria que a platéia me vaiasse por um só motivo: é que eu gostaria de pôr essa vaia no meu currículo, especialmente agora que a gente vê o quanto está desgastada essa idéia, e o que é pior, o que não vai ser cumprido em relação ao Orçamento Participativo. O Orçamento Participativo, nas questões estatísticas, tem pecado tanto, que agora eu fico muito impressionado com esse uníssono, e o senhor, que deve pertencer ao Partido dos Trabalhadores, vem aqui fazer uma defesa de uma questão ideológica. Nós, mesmo com essa interferência direta na ação do Vereador, queremos lhe comunicar que vamos nos reunir, vamos votar a Emenda, vamos pedir destaques, vamos fazer tudo o que nós temos direito, porque nós somos Vereadores pertencentes a um Poder desta Cidade que se orgulha de ser Poder. E nós, com a nossa atitude, honramos este Parlamento. Nós não temos absolutamente nenhuma incorporação dos nossos problemas ao lugar-comum dos políticos. Nós trabalhamos e trabalhamos muito aqui dentro desta Casa, nós temos o direito assegurado pela Constituição Brasileira, e é por isso que nós não aceitamos qualquer tipo de interferência, e, mais do que isso, não aceitam que as pessoas fiquem travestidas de líderes de uma vila para virem aqui fazer proselitismo do Orçamento Participativo, o qual é válido até enquanto for regulamentado; fora disso, acho que o meu amigo deve ter pisado na maionese.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

(Tumulto no plenário. Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Eu acho que eu não teria necessidade de pedir nenhuma vez a atenção dos senhores; atenção que receberam também. Por favor!

O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Prezado Senhor João Nunes de Freitas, Presidente da Associação de Moradores da Vila São Vicente Mártir, falo em nome do meu Partido, o Partido Socialista Brasileiro e também como Relator do Orçamento. É importante, quando o senhor salienta a questão da Emenda Popular da UAMPA, que foi um dos motivos. Vou colocar por que a Emenda foi rejeitada. Primeiro: Cria Projeto-Atividade, está em desacordo com o art. 33 da Lei nº 4320/64, a Lei que disciplina o Orçamento, que é bem clara; mais recentemente, a Lei de Responsabilidade Fiscal diz o seguinte: “Auxílios ou subvenções de instituições privadas, sem fins lucrativos, somente com lei específica ou previsão na Lei de Diretrizes Orçamentárias”. Este Vereador também foi Relator, neste ano, da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O que a UAMPA poderia ter feito? Poderia ter apresentado uma Emenda na LDO, e esta Emenda da LDO para 2004, no Orçamento, poderia ser contemplada. Quando a UAMPA não entrou com uma emenda na Lei de Diretrizes Orçamentárias, não há como destinar recursos. Agora, no Plenário, politicamente, pode, desde que o Executivo acolha; tecnicamente é inviável, foi por isso que nós não acolhemos, como não acolhemos a maioria. É importante o senhor saber que de 85 Emendas, nós aprovamos nove e mais duas Subemendas, porque foi em cima de critérios técnicos. Na realidade, tem de estar vinculado ao Plano Plurianual, que é o Orçamento 2002 para 2005, à Lei de Diretrizes Orçamentárias e ao Orçamento. Como esta solicitação não estava prevista na LDO para 2004, não poderia ser contemplada no Orçamento. Eu acho que, cada vez mais, já que os senhores discutem o Orçamento Participativo, e é discutido o Orçamento como um todo, esse tipo de discussão é importante para nós sabermos definir o que pode e o que não pode, porque, senão, ficam muito difíceis as atribuições. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu quero saudar o Sr. João Nunes de Freitas, Presidente da Associação dos Moradores da Vila São Vicente Mártir, que, valendo-se do permissivo do art. 100 da Lei Orgânica do Município, aqui comparece ocupando a Tribuna Popular. A Tribuna Popular, eu tenho dito sistematicamente, é uma demonstração da abertura democrática desta Casa, que nunca tolhe as manifestações que aqui ocorrem, ainda que, em determinadas situações, algumas dessas possam ser do desagrado de alguns, de muitos ou de poucos dentro desta Casa. Aqui V. Sa. sempre irá encontrar o microfone aberto para, dentro das regras que são estabelecidas na Legislação Municipal, V. Sa. se fazer ouvir, como ocorreu no dia de hoje.

Em verdade, eu não posso, como integrante desta Casa, representante legítimo de uma parcela da opinião pública de Porto Alegre, em quinto mandato, deixar de considerar algumas posições externadas por Vossa Senhoria. Não sei se V. Sa. foi muito feliz quando buscou, com o seu pronunciamento, limitar a nossa capacidade de atuação aqui na Casa. Aqui se acerta e se erra, mas isso se faz com espírito público. Eu não fui honrado por V. Sa. nas críticas a nenhuma das minhas Emendas, como foram alguns outros colegas. Tenho muita consciência do meu trabalho; sei bem como o realizo e tenho tido a responsabilidade de sempre decidir aqui dentro daquilo que, no meu entendimento, consulta melhor o interesse público de Porto Alegre. Vossa Senhoria e todos aqueles que o acompanham nesta tarde, podem sair daqui com a certeza de que aqui nada nos impedirá de realizar nossas tarefas com a maior isenção possível. Se alguém entendeu que, enchendo as galerias da Casa com posições contrárias à ação de alguns Vereadores, com isso estaria contribuindo para que se atingisse algum objetivo, se enganou, se equivocou de forma profunda. Se alguém pretendia inibir os Vereadores de fazer emendas, de buscar corrigir equívocos no Orçamento do Município, se enganou redondamente. Nós, que tínhamos, até com relação a alguns procedimentos, reflexões de cunho estratégico, ficamos, num gesto claro de solidariedade, absolutamente ao lado daqueles Vereadores que foram por V. Sa. Criticados, faríamos, da mesma forma, se fosse com V. Sa., integrante do Orçamento Participativo, e ouvisse algum de nós numa reunião na sua casa, no plenário de um Orçamento Participativo, impugnar a prática por V. Sa. realizada. Aqui todos são detentores de mandato popular e serão sempre por mim aplaudidos, quando se excederem fazendo demais, e serão por mim sempre criticados quando se excederem fazendo de menos. A omissão, eu critico; a ação jamais será por mim criticada. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Zé Valdir está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ZÉ VALDIR: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria saudar o João, que, representando uma Associação de Moradores, legitimamente fala sobre o tema do Orçamento Participativo, porque todas as associações de moradores estão envolvidas nesse debate.

Em segundo lugar, quero falar sobre a questão do partidarismo. O próprio João colocou aqui que não tem Partido nenhum, e aqui atrás, possivelmente, nas galerias, estejam as bases de todos os Partidos representados nesta Câmara, inclusive alguns que não estão aqui representados na Câmara. Então, não há partidarização.

Outra questão que eu quero estranhar é que, quando essas galerias estão lotadas com empresários para pressionar a Câmara, aí é legal e legítimo! Na semana passada, ainda tivemos aqui uma bela mobilização dos comerciários, dos pequenos comerciantes. Esta é uma Casa do contraditório, é uma Casa da pressão, do lobby, como todo Legislativo. Por que estranhar quando alguém vem aqui falar sobre o Orçamento Participativo? (Palmas.)

Terceira questão: os que apresentam projetos aqui na Câmara para legalizar e aprimorar o Orçamento Participativo são os mesmos que apresentaram um projeto bisonho, no qual a população participa com 6% e os Parlamentares têm mais de 67% de representação no COMUDE! Esse é o projeto que eles apresentaram na Câmara. Essa é a proposta para aprimorar a democracia? O outro apresentou um projeto, dizendo que o Orçamento vai discutir apenas 50% dos investimentos.

Nós achamos, Sr. Presidente, ao contrário do que disse o meu colega, que esse é um momento de desconstituição da democracia, não, esse é um momento de afirmação, de revitalização da democracia! A democracia representativa no mundo inteiro, hoje, se ela não estiver permanentemente sendo apoiada, instigada – eu diria até – pela participação popular, essa democracia se esvai! É preciso que ela seja revitalizada pela participação popular! É preciso que estas galerias estejam lotadas, sempre, para fiscalizar o Legislativo! E eu acho estranho que quem critica tanto o Orçamento Participativo, até hoje, não quis fazer Orçamento Participativo na Câmara de Vereadores! Não quer que o povo discuta as verbas da Câmara de Vereadores! (Palmas.) Então, estes são os democratas?!

Agora, ninguém aqui, em nenhum momento, eu ouvi aqui dizer que os Vereadores não são legítimos para apresentar emendas! O que se fez aqui é o que todo mundo faz: vir aqui discutir o mérito das coisas que estão sendo apresentadas! Esse é um direito da população! É um direito das lideranças!

Eu acho que aqui não se pode fazer como na fábula do “Lobo e do Cordeiro”: colocar palavras que não foram ditas na boca das pessoas! Querer ver, a todo o momento, as pessoas sendo inimigas do Parlamento, quando estas estão vindo aqui fortalecer a democracia representativa e o próprio Parlamento com a sua participação. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Mesa não deixará passar em julgado a declaração de que há diferenciação, dependendo das pessoas que vêm aqui. Não, nós tratamos todos igualmente. Na quarta-feira, estiveram aqui os comerciários. Com a maior educação e com a maior tranqüilidade; foram saudadas todas as entidades que representavam os comerciários, e a Casa se portou à altura, bem como os comerciários. Portanto, eu não vou deixar passar em julgado que haja tratamento diferenciado. Não há!

O Ver. Raul Carrion está com a palavra nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. RAUL CARRION: Em primeiro lugar, as nossas saudações ao amigo João Nunes de Freitas, Presidente da Associação dos Moradores da Vila São Vicente Mártir, em nome de quem saúdo todas as lideranças comunitárias, populares, dos mais diversos Partidos que aqui se encontram, na tarde de hoje, trazendo legitimamente as suas opiniões sobre as emendas dos Vereadores.

Eu quero dizer que o PCdoB entende a importância do Orçamento Participativo, algo que, não só na nossa Cidade, mas em todo o Estado, em todo o mundo, tem chamado a atenção e a admiração dos povos sobre uma forma inovadora de democracia participativa.

Também quero dizer que, no nosso entendimento, o Orçamento Participativo, em nenhum momento, anula ou diminui o papel da Câmara. Na verdade, o Orçamento Participativo se refere à Peça Orçamentária que, constitucionalmente, do ponto de vista da Lei Orgânica, cabe ao Executivo apresentar para a Casa. Na realidade, não é a Câmara que abre mão das suas prerrogativas; é o Executivo que abre mão das suas prerrogativas, e, antes de enviar para a Casa do Povo, submete à apreciação da população organizada. Nesse sentido, nós entendemos que é legítimo que os Vereadores apresentem emendas, se assim entenderem, só que, a participação popular, por meio do OP, cobra uma responsabilidade muito maior nas eventuais emendas que possam vir a ser apresentadas. E essas emendas merecem a discussão, a crítica, que é um direito dos Vereadores, e é um direito da população. Então, nós parabenizamos a participação da comunidade, saudamos, vemos com bons olhos, mesmo que, eventualmente, possamos discordar algum dia. O nosso agradecimento pela participação, e boa luta para nós todos. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Meu caro Presidente João Nunes de Freitas, eu gosto de dizer que conheço cada palmo de chão desta Cidade, que há uma identidade entre as suas pedras e os meus passos, uma quase cumplicidade que aproxima aqueles que muito se amam. E por que estou dizendo isso? Porque no meu primeiro domingo, como Prefeito desta Cidade, compareci exatamente na nossa Vila São Vicente Mártir. Foram comigo o Governador do Estado, Jair Soares; o Ver. Reginaldo Pujol, Diretor do DEMHAB; ex-Vereador Vicente Dutra, Diretor do Departamento de Limpeza Urbana; Dr. Wilson Cignachi, Diretor do DMAE; Dr. Germano Bonow, Secretário de Saúde do Estado. Nós olhamos as péssimas condições da Vila São Vicente Mártir e, juntamente com a população, esses organismos transformaram a Vila São Vicente Mártir em uma vila digna de ser apresentada, como o foi, no Encontro Brasileiro de Engenharia Sanitária e depois na ONU também, porque mostrava o que os moradores, juntamente com o Poder Público, podiam fazer. Fornecemos os sanitários, canalizações, colocamos água, juntamente com a população. Portanto, há um respeito, e, por isso, eu disse que tinha no meu coração a Vila São Vicente Mártir; foram tantos os meus passos naquela Vila que ela se aproximou mais de mim. Lembro-me bem do dia em que nós fomos convidados para a inauguração de tudo que havia sido feito pela comunidade, juntamente com o Poder Público: caiu uma tremenda chuva, mas ela escoava nos pluviais que haviam sido instalados e tudo funcionava muito bem. Então, agradeço a presença de todos os senhores e quero que tenham tranqüilidade: a Câmara representa o povo e procura representar da melhor maneira possível, às vezes não é entendida, mas representa, sim, com muita garra. A própria Câmara fez a Lei em que três associações podem apresentar uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias ou ao Orçamento, posteriormente.

Também permitiu que 5% dos eleitores possam fazer emendas populares.

 Eu agradeço mais uma vez a presença de todos os senhores, do Presidente João, e a compreensão de cada uma e de cada um dos que aqui vieram. Muito obrigado, saúde e paz a todos! (Palmas.) Peço a atenção de todos, porque nós precisamos continuar a Sessão.

Nós temos três Sessões nesta semana - segunda, quarta e quinta-feira – e precisamos que o Orçamento seja votado até quinta-feira. Portanto, eu peço a atenção de todos, inclusive dos que nos visitam, porque nós vamos dar continuidade à Sessão.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós queremos, inicialmente, usando este período de Comunicações, enfatizar a importância da realização, no dia de amanhã, terça-feira, às 19h30min, da 1ª Audiência Pública, em que esta Câmara Municipal dirigir-se-á à comunidade da Região de Planejamento Urbano I, chamada região Central, para ouvi-la sobre suas idéias e sugestões em relação à avaliação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental da cidade de Porto Alegre, que tem já o seu terceiro ano de vigência.

Eu estou usando este meu tempo em Comunicações exatamente para - seja na condição de Vereador, seja na condição de Presidente da Comissão Especial desta Casa, que avalia o Plano Diretor da cidade de Porto Alegre - convidar não só os Vereadores que compõem a Comissão Especial de Avaliação do Plano Diretor, mas os 33 Vereadores e toda a cidade de Porto Alegre, aqueles que têm contribuições a formular sobre as alterações do Plano Diretor, para que compareçam à primeira experiência de Audiência Pública em matéria de planejamento urbano que esta Casa realizará, amanhã, às 19h30min, no Clube Caixeiros Viajantes. Estamos usando o espaço que nos proporciona esta Casa, na condição de Vereador, para enfatizar a importância do comparecimento de moradores dessa região, do Moinhos de Vento, de Petrópolis, do Bom Fim, do bairro Farroupilha, João Pessoa, Zona Central de Porto Alegre, Navegantes, Independência, Floresta, toda essa área que é constituída pela região 1 do Planejamento Urbano da cidade de Porto Alegre, e outros 31 bairros que compõem essa chamada Região de Planejamento Urbano nº 1.

Estamos destacando a importância disso, Vereador Dib, porque nós conhecemos as dificuldades que esta Casa tem no uso da máquina publicitária; o Executivo não tem problema, o Executivo tem verbas milionárias, que, infelizmente, usa para proselitismo pessoal, e não abriu, mas poderia ter aberto parte das verbas publicitárias, parte dos espaços publicitários para colaborar com o Legislativo, em última análise, com o conjunto da cidade de Porto Alegre para convidarmos a população a participar da Audiência Pública. Ainda hoje pela manhã - dentre outros contatos que já havia feito com o Presidente desta Casa -, eu assinalava a importância de usar espaços publicitários; e o Presidente me chamava a atenção, observando as dificuldades do Orçamento desta Casa em relação a verbas publicitárias para divulgar um assunto da maior importância para a vida da Cidade, que é uma Audiência Pública que se realizará amanhã. Fizemos os editais convencionais, mas todos sabemos que os editais têm as sua limitações do ponto de vista publicitário. Nós teríamos de estar de 30 em 30 minutos, de 40 em 40 minutos, como faz o Executivo no “Cidade Viva”, convidando a população para participar dessa Audiência Pública, e isso nós não temos, Ver. João Bosco Vaz. Temos de usar os nossos próprios espaços aqui de comunicação, e o fazemos com a maior honra, com a maior satisfação, porque reconhecemos a importância dessa Audiência Pública.

Portanto, fica aqui o registro e o convite a todos os Vereadores desta Casa e a toda população, sobretudo àquela da Região de Planejamento 1, para que amanhã compareçam às 19h30min na Audiência Pública, a realizar-se no Clube Caixeiros Viajantes, na Rua Dona Laura. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, tivemos em Porto Alegre, na semana passada, um grande evento esportivo reunindo 11 países, o Campeonato Mundial de Punhobol. Participaram: Áustria, Alemanha, França, Uruguai, Argentina, Brasil, Japão, entre outros. Um evento em que a SOGIPA, em Porto Alegre, que tem a maioria dos atletas na Seleção Brasileira, foi sede desse Campeonato Mundial de Punhobol.

E, na final de ontem, o Brasil ganhou da Alemanha por dois a zero, ficou com o Título Mundial. E eu venho a esta tribuna para reconhecer o esforço dos senhores Neory Müller, Presidente da SOGIPA; Télio Lewis, Vice-Presidente; Antônio Jraige, Vice-Presidente de Esportes; João Carlos Kohlmann, Presidente e Diretor do Departamento de Punhobol da SOGIPA. Foi uma competição em que a transmissão por televisão das imagens foi levada para 60 países. Isso engrandece a nossa Cidade, engrandece Porto Alegre, engrandece o Rio Grande do Sul. Recebemos centenas de turistas, mais de dez mil pessoas assistiram na SOGIPA, ontem, a essa final, e o Brasil, que já havia conquistado um Título Mundial anterior, conquista agora o seu Bicampeonato Mundial de Punhobol.

Quero reconhecer também o esforço de todas essas pessoas de que falei há pouco, do Presidente Neory Müller, do João Carlos Kohlmann, do Antônio Jraige, do Télio Lewis e de tantos outros para buscar apoiadores, buscar parceiros, buscar patrocinadores, para que esse evento grandioso pudesse ser realizado aqui em Porto Alegre. Eu dei a minha colaboração modesta, participei de reuniões, indiquei apoiadores, estivemos com o Sr. Prefeito, estivemos com a Sra. Secretária de Esportes, estivemos na Fundação de Esporte e Lazer. Eu me sinto lisonjeado por poder ter feito parte desse grupo que, repito, realizou um grande evento. Um evento inesquecível, do ponto de vista da sua organização; do ponto de vista dos turistas que aqui estiveram desses onze países; do ponto de vista da receptividade: os gaúchos recebendo como sempre. Porto Alegre ganhou com isso, Sr. Presidente; o Rio Grande do Sul ganhou com isso.

E eu quero, fazendo um Requerimento, Sr. Presidente João Antonio Dib, que possamos, talvez na quarta-feira ou na próxima quinta-feira, no período de Comparecimento, trazer à Câmara de Vereadores, para uma rápida saudação e reconhecimento desta Casa, a Seleção Brasileira de Punhobol, que ganhou o Mundial. Noventa por cento dos atletas pertencem à SOGIPA, à Sociedade Aliança de Novo Hamburgo e ao 25 de Julho; são gaúchos. Então, eu quero deixar este Requerimento e combinar com V. Exa., com a Mesa, para que seja ou na quarta-feira ou na quinta-feira feito um período de Comparecimento, para que possamos prestar essa rápida e singela homenagem, mas de coração, ao Brasil, representado pela SOGIPA, 25 de Julho e Sociedade Aliança, como Bicampeão Mundial de Punhobol. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Ver. João Bosco Vaz, nós poderemos combinar o comparecimento da equipe campeã, porque realmente é uma satisfação para Porto Alegre, portanto para esta Casa.

Apregôo a Emenda nº 86, ao PLE nº 041/03, do Orçamento, de Liderança, de autoria do Ver Cassiá Carpes: Inclui a dotação orçamentária de 50 mil reais na Unidade Orçamentária - Divisões de Desenvolvimento Comercial, de Desenvolvimento Industrial, da SMIC. Servindo de recurso à Publicidade na Secretaria de Administração. A justificativa do Ver. Cassiá Carpes (Lê.): “Porto Alegre possui a Incubadora Empresarial e Tecnológica - IETC, cuja função é desenvolver e apoiar microempresas de base tecnológica em formação. Porém, se faz necessária a implantação de novas unidades voltadas para os segmentos mais carentes como habitação, saúde e alimentação, prevista na LDO 2004”.

A Emenda nº 87, ao PLE nº 041/03, inclui a dotação orçamentária de 80 mil reais no Departamento de Esgotos Pluviais, servindo como cobertura 80 mil reais nos Encargos Gerais do Município.

O Ver. Wilton Araújo está com a palavra em Comunicações por cedência de tempo do Ver. João Carlos Nedel.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Exmo. Sr. Presidente, Sras. Vereadoras., Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos estão acompanhando nesta tarde, e aqueles que nos acompanham pelo Canal 16, primeiro eu quero saudar a presença de ilustres convidados, que se fazem presentes nas galerias: Sra. Iara Conceição Paz, Presidenta da Aliança Umbandista e Africanista do Rio Grande do Sul; Sr. Álvaro Pedro da Silva, Presidente da Federação de Umbanda do Estado do Rio Grande do Sul; Sra. Docelina, Vice-Presidenta do Conselho Estadual de Umbanda dos Cultos Afro-Brasileiros; Sr. Jorge Verardi, Presidente da Federação de Religião Afro-Brasileira, os nossos cumprimentos. Saúdo a reunião e a união dessas entidades representativas dos umbandistas e dos africanistas do Estado do Rio Grande do Sul, todos presentes nesta sala; demais lideranças africanistas e umbandistas que se fazem presente também.

Eu solicitei, e agradeço, o tempo do Ver. João Carlos Nedel para poder iniciar um tema, que eu acho da maior relevância e gravidade. Recém finda a 19ª Semana da Consciência Negra e Anti-racismo na cidade de Porto Alegre, todos sabemos que essa é uma história de luta, que, por meio dela, nós podemos aprender e aprender muito. Sem dúvida nenhuma, os negros vieram ao Brasil trazidos como escravos e assim permaneceram pelo longo período de 300 anos. E, junto com eles, também permaneceram escravos a sua cultura, a sua religião, enfim, todas as suas manifestações. Eles eram impedidos de colocar para fora, além da senzala e, muitas vezes, dentro da própria senzala, pelos escravocratas de então, impedidos, literalmente, de terem cultura, de terem religião. Mas esse tempo, um tempo que durou 300 anos, mesmo assim, eles conseguiram, por intermédio de subterfúgios, manter a sua cultura intacta. E nesse sentido, da cultura intacta, daquela cultura que até hoje chega aqui, chegam às suas raízes.

Um pouco antes da abolição da escravatura, os escravocratas e aqueles que mantinham o poder, os donos da terra – que, por sinal, ainda mantém até hoje –, editaram uma Lei, que se chamou Lei da Terra. Essa Lei da Terra fazia com que, mesmo depois de abolida a escravatura, os negros não pudessem ter terra; eles eram proibidos de possuir terra por essa Lei.

Então, se somarmos todo o tempo da escravatura e até há bem pouco tempo, nós vemos que são mais de 480 anos em que nenhuma ação positiva, efetiva, eficaz foi feita em prol da cultura negra, de suas raízes e também para a sua religião. Nada foi feito! Eles, logo depois da abolição da escravatura, libertados por vontade do Império, mas não podendo ter terra, ficaram sem terra, sem trabalho, sem moradia, sem instrumento para trabalhar. E, aí, vem o porquê de, hoje, tantos negros, com a sua cultura, estarem nas camadas mais baixas da sociedade; o porquê de somente 2% dos negros conseguirem chegar à universidade; o porquê de 70% das camadas mais baixas serem formadas por negros e seus descendentes.

O racismo permanece e perdura até os dias de hoje e, nesse sentido, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, há que se preservar. Há bem pouco tempo – há vinte e poucos anos – começou-se uma discussão que desembocou na formação da primeira Semana da Cultura Negra na cidade de Porto Alegre, que foi pioneira; esta Câmara e esta Cidade permanecem pioneiras.

Há poucos dias, aprovada por esta Casa e enviada pelo Sr. Prefeito, foi aprovada a política de cotas - pioneira no Brasil -, por unanimidade, nesta Casa.

Agora, é bom que se diga que, no tocante às nossas religiões, há distinções muito fortes. Não há sequer o cumprimento da Lei Orgânica, da Constituição do País. Infelizmente, não há o cumprimento daquela norma constitucional que diz que todos os templos devem ser isentos de todos os impostos. Na cidade de Porto Alegre, isso ainda não é verdadeiro.

Paradoxalmente, inicio uma discussão, Sr. Presidente, que quero ver desenvolvida durante esta tarde, e a votação do Projeto a qual teve início na última Sessão, de autoria deste Vereador, no sentido de que se possa dar justiça e igualdade às nossas casas de religião, tanto as umbandistas quanto as africanistas, que merecem e devem ter, sim, de fato, uma política justa, tendo também a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano como todas as outras religiões têm na cidade de Porto Alegre. Nós só estamos iniciando essa discussão. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Darci Campani está com a palavra em Comunicações por cessão de tempo do Ver. Juarez Pinheiro.

 

(O Ver. João Antonio Dib reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. DARCI CAMPANI: Sr. Presidente desta Casa, gostaria de dirigir-me no mesmo sentido do Ver. João Bosco que veio aqui falar do Campeonato Mundial de Punhobol, que se desenvolveu na SOGIPA, durante toda a semana, encerrando-se no fim de semana. Também participei, na SOGIPA, de uma idéia muito boa que a Confederação Brasileira de Judô teve, já que houve uma renovação na Confederação - gente nova, propostas novas -, e que terá sua final no próximo dia 4, em São Paulo, na cidade de São Caetano: as três últimas competições do Grand Prix nacional de Judô. Uma competição montada com a participação de clubes, que permitiu que a elite do Judô brasileiro se reunisse.

O nosso Clube porto-alegrense - digo nosso, não sou sócio da SOGIPA, mas tantas vezes já freqüentei a SOGIPA para atuar, participar de cursos, atividades, treinos com o pessoal do Judô, em campeonatos que constantemente se realizam lá, e a gente já se sente bastante em casa ao entrar num clube como a SOGIPA, que tão carinhosamente acolhe aquelas pessoas que vão lá para assistir, simplesmente, a campeonatos, vão lá para dar a sua participação, e já tivemos condições até de arbitrar na SOGIPA, um ambiente bastante acalorado, com uma torcida muito aguerrida, que é a torcida do Judô da SOGIPA -, nesse fim de semana, foi sede da semifinal do Grand Prix nacional de Judô, com o resultado de dois a zero para a SOGIPA o São Caetano. Esses dois a zero significam que a SOGIPA vai para São Paulo com a grande expectativa de ser campeã brasileira de Judô. A sua equipe formada desde o mais leve, João Derly, que conseguiu sair invicto dessa competição; o Moacir, que ontem brilhou, ganhou as duas lutas do medalhista olímpico, o Henrique; o Edmílson Conceição também conseguiu duas vitórias, iniciando, assim, uma bela carreira já com muitas conquistas no âmbito de toda a América e lançando-se como um grande nome para as disputas internacionais, com a consagração já bastante forte de seu nome. O Edmílson, que é um dos melhores atletas aqui do Rio Grande do Sul, está participando dessa nova geração. A equipe, que está na final do Grand Prix nacional de Judô, está indo com o Cadore e o Róbson, que também conseguiram colocar a SOGIPA nessa final, conquistando as suas vitórias contra o São Paulo.

Então, foi um grande desempenho que conseguimos nesse fim de semana, com a torcida muito calorosa, muito aguerrida que não deixou os paulistas, de São Caetano, sequer pensarem na vida, pelo calor que foi colocado em cima desses atletas do São Caetano que aqui estiveram. A equipe do São Caetano, que é a base da Seleção Brasileira de Judô, veio aqui e perdeu as duas seqüências de lutas. Agora, em São Paulo, os nossos cinco atletas gaúchos, tranqüilamente, conseguirão pelo menos um dos três embates que lá ocorrerão: são três seqüências de cinco lutas para cada um dos pesos. Tranqüilamente, a SOGIPA tem condições de ganhar um dos embates.

Então, assim como o Ver. João Bosco Vaz propôs a vinda da equipe brasileira de Punhobol que, na prática, é gaúcha, a gente também proporia que a equipe de Judô da SOGIPA - que representa não só a SOGIPA, mas, neste momento, representa o Estado do Rio Grande do Sul - venha aqui, com os seus cinco atletas titulares e os dois atletas suplentes, para receber o carinho dos Vereadores da cidade de Porto Alegre e o reconhecimento pelo trabalho que tiveram nessa competição, que foi exemplar para todo o Brasil. Estavam presentes, no domingo, na SOGIPA, para assistir a semifinal do Grand Prix brasileiro de Judô o assessor-técnico do Comitê Olímpico Brasileiro, o Presidente da Confederação e autoridades do esporte nacional.

Esperamos que, com tranqüilidade, a SOGIPA vá a São Paulo e conquiste este título. Desejamos aos atletas boa sorte e que eles venham aqui, neste espaço privilegiado, para serem reconhecidos pela nossa Câmara Municipal. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. João Antonio Dib, Presidente desta Casa, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, senhoras e senhores, Ver. Wilton Araújo, mais uma vez tive a alegria de ver V. Exa. falando, aqui desta tribuna, a respeito do Projeto de Lei de V. Exa. que trata de isenção de tributos com relação às casas de religião. E, mais uma vez, eu quero reafirmar que V. Exa. terá deste Vereador, também, o voto necessário e a defesa necessária para que essa isenção possa ser estendida da forma como V. Exa. preconiza.

 

O Sr. Isaac Ainhorn: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Em nome da Bancada do PDT, como seu Líder, eu quero dizer que já transmiti ao Ver. Wilton Araújo a posição do PDT favorável ao seu Projeto, até porque, hoje, com as decisões do Tribunal, elas reforçam a iniciativa e as prerrogativas do Vereador de fazer Projetos dessa natureza. Obrigado, Vereador.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Pois não. Eu quero tratar, nesses poucos minutos aqui, de uma questão que eu acredito que seja a mais importante que nós temos, todos os anos, que é, exatamente, a questão orçamentária. Todos os anos, quando vai chegando esta época de novembro, nós vamos ficando pressionados para votarmos o Orçamento, porque nós temos uma data limite para votar o Orçamento; até o dia 30 de novembro este deverá já estar sendo enviado para o Executivo. Só que as Emendas que são de autoria dos Vereadores, normalmente perdem a força mercê de uma pressão, que eu chamo de pressão absurda, que eu vejo, todos os anos, acontecer aqui, sobre os Vereadores, por meio de um determinado público que vêm até aqui e parece que coloca a questão da seguinte maneira: os Vereadores estão contra as comunidades, são contra as vilas populares, são contra o povo mais pobre, enquanto o Executivo quer a defesa dessa comunidade. E se nós perguntarmos a essas pessoas por que eles pensam assim, na verdade eles não têm uma explicação lógica. Parece que todos elas vêm orquestradas por alguém do Executivo que coloca na cabeça dessas pessoas que o Legislativo é contra as comunidades carentes e que eles são os seus grandes defensores.

Eu tenho conversado muito com alguns segmentos do Orçamento Participativo. E eu tenho dito para eles o seguinte: está faltando, na verdade, maior comunicação entre os Vereadores, todos os Vereadores de todos os Partidos políticos, e segmentos do Orçamento Participativo que querem realmente ser representantes da comunidade, e não esses segmentos do Orçamento Participativo que teimam em ser representantes do Executivo. Aqueles que vêm até aqui e querem simplesmente defender as idéias do Executivo, sem levar em consideração as comunidades, essas pessoas, na verdade, não devem ser ouvidas pelos Senhores Vereadores, porque, afinal de contas, os Vereadores já têm na Exposição de Motivos aquilo que quer o Executivo. Agora, as pessoas que vêm até aqui, do segmento do Orçamento Participativo ou de qualquer outro segmento, que queiram defender as suas comunidades, eu acredito que essas pessoas devem estabelecer contatos com os Senhores Vereadores muito mais vezes durante o ano; nós devemos ir até as suas comunidades, até as suas instituições, para falar nessas instituições, para trocar idéias, e eles também têm de vir até aqui para que nós possamos conversar, a fim de que, quando chegar esta época de novembro, nós saibamos exatamente, aquilo que nós devemos fazer para defender as comunidades.

São muitas as emendas que estão em jogo, e eu acredito que nós, Vereadores de oposição - principalmente nós, Vereadores de oposição - temos uma missão: temos que nos reunir e fazer com que as emendas que vão causar um bom efeito em prol das comunidades carentes, que essas emendas sejam aprovadas custe o que custar; que nós estejamos unidos num bloco uníssono, sem nos perturbarmos com as pressões que vêm muitas vezes de setores orquestrados pelo Executivo, para que nós possamos aprovar todas as emendas apresentadas aqui e que vão causar um efeito positivo para as comunidades. Assim como, por exemplo, uma Emenda que é de autoria deste Vereador, que tira um milhão de reais da propaganda do DMAE. Como se o DMAE precisasse de um milhão, trezentos e sessenta mil reais para fazer propaganda, como se água fosse preciso vender. Nós tiramos de lá e damos para a APAE. Quem quiser votar contra, eu acho que vai ficar com a consciência pesada durante o ano inteiro. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Maria Celeste está com a palavra em Comunicações por cedência de tempo do Ver. Marcelo Danéris.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, o tema que me traz à tribuna no dia de hoje, neste período de Comunicações, é um tema que nós viemos debater repetidamente nesta tribuna e que diz respeito à violência cometida contra as mulheres, tendo em vista que amanhã é uma data especial, não só para a nossa cidade de Porto Alegre, não só para o nosso Estado, e não somente no nosso País, mas o 25 de novembro diz respeito ao Dia Internacional de Luta e Combate Contra a Violência às Mulheres. Mas por que o dia 25 de novembro foi escolhido como uma data para esse tipo de manifestação? O dia 25 de novembro foi eleito como Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher em homenagem às irmãs revolucionárias Mirabal: Patrícia, Minerva e Tereza, presas, torturadas e assassinadas, em 1960, a mando do ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo. Essa data se tornou emblemática, passou a ser o Dia Internacional de Protesto contra a violência de gênero e foi escolhida no I Encontro Feminista, Latino-Americano e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, em 1981. Portanto, amanhã será um dia de luta, um dia marcado em todos os continentes. Será um dia em que nós estaremos representando várias formas de protesto contra esse tipo de crime, e, também, várias formas de reivindicações para que se garanta a igualdade de gêneros em nossa sociedade. Aqui em Porto Alegre, do dia 13 ao dia 16 de novembro, agora passados, foi realizado o 14º Encontro Nacional Feminista, evento que reuniu centenas de mulheres de todo o País, para debater a questão de gênero, no qual nós estivemos presentes.

Neste ano o tema debatido no encontro foi: Feminismo, um Projeto Político de Vida. É importante ressaltar que a discussão acerca dos direitos e da violência cometida contra as mulheres é do interesse de todos nós, homens e mulheres, principalmente do interesse dos homens e mulheres desta Casa. Precisamos refletir sobre o tratamento que a sociedade tem dispensado às mulheres.

Afinal, os dados sobre a violência contra as mulheres são alarmantes: a cada 15 segundos uma mulher é espancada no nosso Brasil. Este dado é chocante, ainda mais quando estamos falando a respeito da maioria da população brasileira, que é composta pelo sexo feminino.

Desses casos de agressão, 70% deles ocorrem dentro da sua própria casa, o que faz com que se retome a discussão dos nossos papéis enquanto pais, educadores, homens e mulheres na formação da nossa sociedade.

Por outro lado, é preciso que o Estado dê condições, crie mecanismos de defesa e proteção às mulheres vítimas de violência, assim como também devemos estar estimulando o debate acerca dessa cruel realidade, nas escolas, nas famílias, nas igrejas, nas associações de moradores, enfim, nas nossas relações sociais.

Não podemos nos calar diante de tais fatos. O Rio Grande do Sul, nesse aspecto, é um exemplo em termos de denúncia contra esse tipo de violência. Temos aqui, senhoras e senhores, o maior índice de denúncias do Brasil. É um dado alarmante, mas, por outro lado, é positivo, porque isso demonstra que as mulheres gaúchas não têm mais se calado diante da barbárie. Elas têm procurado reivindicar, buscando denunciar esses fatos alarmantes. Não silenciar é a única maneira que encontramos de dar um basta nesse grave problema. Para se ter uma idéia da dimensão desse silêncio, estima-se que somente 10% das mulheres brasileiras vítimas de violência promovem a denúncia. As 300 delegacias especializadas no País atendem menos de 10% das vítimas de violência doméstica. Aqui na Capital, lesões corporais e ameaças representam a maioria das 600 ocorrências registradas por mês na Delegacia da Mulher de Porto Alegre.

A violência cometida contra a mulher, além de ser um tema que envolve questões sociais e principalmente culturais, tem seus reflexos também na economia do nosso País.

Sr. Presidente, eu tenho mais cinco minutos do meu tempo, correto?

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Maria Celeste está com a palavra, por mais 5 minutos, em Comunicações.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Muito obrigada. Segundo pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento, do BID, feita recentemente no Brasil, aponta que a violência doméstica é a causa de uma a cada cinco faltas de mulheres no trabalho. Isso faz com que o Brasil perca anualmente 10,5% do PIB ou 84 bilhões de reais na economia.

Outro dado relevante ao processo da feminilização da pobreza, pela qual a sociedade mundial está vivendo: segundo estudo da ONU, as mulheres representam 70% da população pobre do planeta, realizam 70% das horas de trabalho e recebem apenas 10% do rendimento total. A pesquisa revela que 27% das mulheres possuem filhos menores de 18 anos, e que a maioria delas, 60%, não recebem pensão, sequer uma pensão regular dos seus companheiros, dos pais dos seus filhos.

No Brasil a situação é dramática, temos uma população de 86 milhões de mulheres que representam 53% da força de trabalho no País; no entanto, essas mulheres trabalhadoras recebem 69% dos salários que normalmente são pagos aos homens e apenas 17% delas têm carteira assinada; e são chefes de família da maioria dos lares brasileiros.

Em que pesem esses fatores, é consenso entre especialistas, feministas e militantes dos direitos humanos que a questão da violência contra a mulher precisa ser vista também sob a ótica da saúde pública.

É preciso combater a violência no dia-a-dia, através do diálogo com a própria família, com os filhos. É preciso levar adiante essa discussão no ambiente de trabalho, nas escolas, nas igrejas, nas associações de moradores, nos nossos círculos de amizade, enfim, em todos os locais e espaços em que convivemos e promovemos a nossa sociabilidade.

Afinal, nós não podemos ser tolerantes com a violência que está aí, cada vez mais dentro de nossas casas. Pois essa é uma prática que faz com que a sociedade e que todos nós retrocedamos no caminho da democracia. A dignidade e a igualdade da mulher é o ideal democrático que nenhum homem esclarecido poderá negar, e do qual, nenhuma mulher de coragem poderá abrir mão de lutar.

Por isso eu quero, no dia de hoje, fazer um convite muito especial a todos os homens e mulheres, principalmente aos Vereadores e Vereadoras desta Casa, para que estejam conosco amanhã, para que se somem conosco nas várias manifestações que estaremos fazendo na cidade de Porto Alegre.

A Prefeitura, por meio da Secretaria dos Direitos Humanos, estará fazendo vários eventos no Município amanhã, seminários para a discussão da violência contra a mulher. E amanhã, às 19 horas, eu quero convidar a todos para uma concentração luminosa na Praça da Matriz, todas as mulheres dos Parlamentos - tanto da Câmara Municipal como da Assembléia Legislativa - estarão fazendo esse ato, conjuntamente, de denúncia a todos na cidade de Porto Alegre para que a gente possa, efetivamente, estar dando um basta a essa violência.

Continuará também, no dia 26, no Solar dos Câmara da Assembléia, com a apresentação de um Programa de Combate à Violência contra a Mulher, pela nossa Ministra Emília Fernandes, da Secretaria Especial de Políticas Públicas para a Mulher.

É hora de todos nós, homens e mulheres de coragem, começarmos a lutar, unidos, porque não dá mais para silenciarmos com relação a uma questão tão cara para todos nós, na nossa sociedade, que é a violência principalmente contra as mulheres.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Margarete Moraes está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente João Antonio Dib, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, restam-nos, na verdade, nove Sessões Ordinárias nesta Casa e nós estamos nos encaminhando para o final dos trabalhos legislativos. Na verdade, na vida de cada pessoa, é um momento de avaliação, é um momento de analisarmos o ano que passou, os acertos, os erros. E eu tenho sempre a certeza de que entre essas três questões - Quem somos? De onde viemos? E, para onde vamos? -, ou seja, a projeção do futuro é uma questão muito importante.

Eu queria fazer uma avaliação em cima da gestão do Prefeito João Verle, que nesse período já tem um trabalho, um legado muito importante à história da cidade de Porto Alegre, principalmente naquilo que diz respeito a obras. E vou fazer uma referência específica à questão da cultura. Em primeiro lugar, gostaria de me referir à restauração do Paço Municipal; foi um projeto muito importante ele ter devolvido o Paço Municipal à cidade de Porto Alegre, um tesouro da nossa memória, um patrimônio cultural, cuja pesquisa muito rigorosa estabeleceu a cor original do Paço Municipal, que hoje é um ponto de atração turística na nossa Cidade - e isso merece uma grande referência neste ano que passou.

A segunda referência seria ao Cine Theatro Capitólio, outro ícone da vida cultural de Porto Alegre, ali na Cidade Baixa, antiga Rive Gauche, Ver. Reginaldo Pujol, cujo projeto de compra contou com o apoio unânime desta Câmara de Vereadores; a partir daí foi feito um convênio com essa entidade para que ambos - essa entidade e a Prefeitura - conseguissem elaborar o restauro do Cine Theatro Capitólio. Infelizmente a história diz o seguinte: depois de quatro anos a entidade desistiu, o Cine Theatro Capitólio voltou totalmente para a Prefeitura e, hoje, através de um convênio com a Fundacine, é possível a busca de patrocínios dentro daquele conceito de fidelidade às suas raízes, às suas origens, que dizem respeito à história do prédio e também àquele ambiente naquele entorno. O audiovisual será o assunto, a pauta principal do Cine Theatro Capitólio, também com programações pedagógicas, e será um centro de guarda de um grande acervo cinematográfico que existe em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. E neste momento, quero fazer uma homenagem a Jesus Pfeil pelo seu acervo e pelo carinho que ele tem com a história do cinema na nossa Cidade.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora, gostaria de saudá-la com respeito a esse tema, a recuperação do Cinema Capitólio, que é uma novela interminável aqui na cidade de Porto Alegre. Vossa Excelência teve a oportunidade, inclusive, de apresentar algumas das razões, como os quatro anos de convênio com o SESC, que foi apresentado aqui como solução de todos os males, e que acabou redundando numa grande frustração. Então gostaria que V. Exa. levasse ao Prefeito Municipal e à Secretaria da Cultura a minha confiança de que desta vez a frustração não vai se renovar, e que serão utilizados os instrumentos da Lei de Incentivo à Cultura para serem, imediatamente, criadas as condições adequadas para que ocorra a restauração desse prédio importante da Cidade.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Obrigada, Vereador. E a última questão diz respeito ao complexo cultural Porto Seco - conforme o próprio jornal Zero Hora de sexta-feira diz -, na fala da presidente da escola de samba Bambas da Orgia, da Rosalina, trata-se da realização de um antigo sonho dos carnavalescos.

Eu queria fazer uma referência de que exatamente aqueles que questionam ou que denunciam o gueto no carnaval, ao colocarmos a Pista de Eventos no Porto Seco, são exatamente os mesmos que se calaram ou que se colocaram contra, quando o então Prefeito Raul Pont tentou erigir esse complexo cultural no Centro da Cidade, como um equipamento no Parque Marinha do Brasil, porque levava em consideração o histórico, as origens do carnaval de Porto Alegre e também dois conceitos, dois princípios, quais sejam: o princípio da pluralidade, o princípio da centralidade.

E agora é importante que a gente refresque a memória: que a Prefeitura na época, e hoje, não detém governabilidade acerca da Justiça e que perdeu ação na Justiça - ação impetrada pela Associação de Amigos do Bairro Menino Deus -, e contou sempre com o apoio dos carnavalescos, da direção da Associação das Entidades Carnavalescas, simbolizadas na figura do Evaristo Mutti, do Dr. Ari, e também pelos principais Presidentes das escolas de samba, como é o caso do Betinho, da Imperadores; do Juarez Souza, da Vila Isabel; do João Luiz, da Candinha; do Odilon, na época dos Bambas; do Miro e de todas as entidades carnavalescas do Estado do Rio Grande do Sul.

Foram realizados três atos públicos poderosos, um na Restinga, outro no Largo Glênio Peres e outro no Jardim Leopoldina, cada um com 20 mil pessoas, mas, infelizmente, a Prefeitura não venceu essa ação na Justiça, exatamente pelo preconceito que ainda permeia a nossa sociedade.

Portanto, neste momento, quero parabenizar o Prefeito João Verle por essa vitória, reafirmar que o carnaval de 2004 vai acontecer no Porto Seco, na pista definitiva, assim como parabenizar o ex-Prefeito Raul Pont por toda a sua luta, ao ex-Prefeito Tarso Genro, porque o último despacho, na sua despedida como Prefeito, foi a assinatura para que o próximo carnaval ocorresse no Porto Seco.

E dizer, por fim, que todos os que falam em gueto, hoje, Ver. Isaac, são as mesmas pessoas que calaram quando o carnaval estava proposto no Centro, e as mesmas pessoas que não oferecem nenhuma alternativa na Cidade para que se realize, definitivamente, a Pista de Eventos, e que tenham os carnavalescos um local digno à sua expressão. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nós cumprimentamos o Ver. Valdir Caetano que, hoje, soma mais uma primavera e que nós desejamos a ele toda a sorte de felicidades. Ver. Valdir Caetano, por favor, em nome da Mesa, nossos cumprimentos.

Apregôo Subemenda nº 01 à Emenda nº 69 ao PLE nº 041/03: I - Reduz-se em R$ 150.000,00, a dotação orçamentária a seguir discriminada, que passa a vigorar com os seguintes valores: Órgão - Secretária Municipal da Saúde; Administração do Fundo - R$ 10.761.268.74; II - Inclua-se R$ 150.000,00 na dotação orçamentária a seguir discriminada, que passa a vigorar com os seguintes valores: Órgão - Secretaria Municipal da Saúde, Unidade Orçamentária - Fundo Municipal de Saúde para ações conveniadas em Saúde, orçamento próprio - R$ 151.600,00.

A Subemenda é assinada pelo Ver. Dr. Goulart, convalidada por três Vereadores. Está recebida a Emenda.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1.ª SESSÃO

 

PROC. 6050/03 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 018/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que acrescenta § 4.º  ao art. 2.º da Lei n.º 5.456, de 23 de outubro de 1984, e alterações posteriores, que define Pontos de Estacionamento para o serviço de transporte de passageiros em veículos de aluguel - Táxi e estabelece normas.

 

PROC. 6264/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 451/03, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Rafhael Nigre um logradouro público cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.

 

PROC. 6272/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 454/03, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que denomina Praça Dr. Leônidas Xausa um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Petrópolis.

 

PROC. 6313/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 118/03, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que concede o prêmio literário “Érico Veríssimo” ao Escritor Paulo Hecker Filho.

 

PROC. 6345/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 457/03, de autoria do Ver. Zé Valdir, que denomina Rua Ricardo Belisário da Silva um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.

 

PROC. 6386/03 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 050/03, que denomina Rua Imperador Hiroito o logradouro público cadastrado como Rua 7119, localizado no Distrito Industrial da Restinga, Bairro Restinga.

 

2.ª SESSÃO

 

PROC. 5949/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 434/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que denomina Rua Abel Rocha Trilha um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Protásio Alves.

 

PROC. 6209/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 117/03, de autoria dos Vereadores Renato Guimarães, Margarete Moraes, Maria Celeste e Carlos Alberto Garcia, que cria a Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual na Câmara Municipal de Porto Alegre. Com Emenda n.º 01.

 

PROC. 6250/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 448/03, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Adão Corrêa um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

PROC. 6252/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 449/03, de autoria dos Vereadores Aldacir Oliboni e Dr. Goulart, que altera a denominação da Unidade de Saúde Doutor Saul Pinto Ciulla para Unidade de Saúde Bananeiras.

 

PROC. 6265/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 452/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Emilio Müller um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Jardim Lindóia.

 

PROC. 6266/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 453/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Milton Rubem Jappe um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

PROC. 6390/03 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N.º 011/03, que revoga o art. 5.º e altera os arts. 3.º e 4.º, da Lei Complementar n.º 79, de 10 de janeiro de 1983, alterada pela Lei Complementar n.º 404, de 14 de novembro de 1997 e dá outras providências.

 

PROC. 6243/03 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 048/03, que autoriza o Município de Porto Alegre a doar trinta motocicletas ao Estado do Rio Grande do Sul, com encargo.

 

PROC. 6244/03 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 049/03, que institui Área Especial de Interesse Cultural – AEIC, na gleba situada na MZ 08, UEU 052, subunidade 01 da Lei Complementar n.º 434/99 – PDDUA, com vistas a assentar Comunidade Kaigangue, localizada na Estrada João de Oliveira Remião, n.º 9735, Bairro Agronomia.

 

3.ª SESSÃO

 

PROC. 3296/98 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 021/98, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que dispõe sobre a implantação de helipontos, de acordo com o desenvolvimento urbano do Município de Porto Alegre, e dá outras providências.

 

PROC. 5907/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 429/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que torna obrigatória a inspeção anual do estado geral de saúde dos alunos da rede municipal de ensino.

 

PROC. 6009/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 106/03, de autoria dos Vereadores Almerindo Filho e João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de Líder Esportivo à Professora Vera Lúcia Mastrascusa.

 

PROC. 6035/03 – PROJETO DE LEI DE LEGISLATIVO N.º 439/03, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que denomina Praça Dr. Rubem Rodrigues um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

PROC. 6085/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 111/03, de autoria da Mesa Diretora, que destina espaço na Câmara Municipal de Porto Alegre, denominado Sala ARI (Associação Riograndense de Imprensa), para atendimento dos veículos de comunicação e de jornalistas e dá outras providências.

 

PROC. 6195/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 116/03, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha ao Professor Lauro Bohnenberger.

 

PROC. 6008/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 105/03, de autoria dos Vereadores Almerindo Filho e João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de Honra ao Mérito Atlético a Mosiah Brentano Rodrigues.

 

PROC. 6113/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 441/03, de autoria do Ver. Marcelo Danéris, que denomina Rua Bom Jardim um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Agronomia.

 

PROC. 6192/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 113/03, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede a Comenda Pedro Weingärtner ao Artista Plástico Gastão Tesche.

 

PROC. 6193/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 114/03, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede o prêmio literário “Érico Veríssimo” ao Escritor Antônio Proença Filho.

 

PROC. 6194/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 115/03, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede o troféu Honra ao Mérito ao Senhor Alexander Sapiro.

 

PROC. 6196/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 446/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que denomina Rua do Amor-Perfeito um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Ponta Grossa.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Zé Valdir está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ZÉ VALDIR: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu discuto o Projeto do Executivo que destina como Área Especial de Interesse Cultural a área, ali Lomba do Pinheiro, destinada ao assentamento da comunidade Caingangue, na Estrada João de Oliveira Remião. Essa é, também, uma das dívidas históricas que a sociedade brasileira tem para com os indígenas.

Nós sabemos que a colonização espanhola e portuguesa não só operou com base no trabalho escravo, no trabalho do negro africano, mas, também, na destruição dos primitivos habitantes desta Terra, que eram os índios, e, inclusive, escravizando-os, apesar de os índios terem os jesuítas para lhes proteger, o que os negros não tiveram, porque toda a Igreja era a favor da escravidão do negro; já em relação ao índio, uma parte da Igreja era contra e os protegia, mas mesmo assim eles foram destruídos.

Nós sabemos que no Brasil, ao contrário de outros países da América, os índios se encontravam num estágio de desenvolvimento bem diferenciado. Encontravam-se na fase chamada de paleolítico, passando para o neolítico, ou seja, recém estavam descobrindo e praticando a agricultura, uma economia que era basicamente de caça, pesca, e coleta; ao contrário de outros povos indígenas da América que estavam num estágio tecnológico e num desenvolvimento muito mais avançado, a ponto de os historiadores chamarem de civilizações pré-colombianas – “civilizações”, um termo muito polêmico. É o caso, por exemplo, do México com a civilização Asteca, a civilização Maia; e a civilização dos Incas, no Peru, que estava em estágio mais desenvolvido, e, mesmo assim, foi destruída pela sanha colonialista espanhola. Aqui no Brasil, espanhóis no sul, e os portugueses, evidentemente com os índios num nível de desenvolvimento inferior, foi mais fácil dominá-los e arrasar suas comunidades, deixando poucos traços deles na nossa cultura, se considerarmos a importância e a riqueza cultural que esses índios tinham, que possuíam, inclusive, idiomas diferenciados, no Brasil.

Portanto, esse Projeto do Executivo vem, de certa forma, criar condições para a gente repor, saldar um pouco essa dívida social com os povos indígenas, bem como com o povo negro.

Um outro Projeto que está em discussão, no dia de hoje, é um Projeto de minha autoria, que denomina uma rua no loteamento Timbaúva, com o nome de um dos grandes lutadores, embora tenha morrido precocemente, uma das grandes lideranças daquele local: o Ricardo Belisário da Silva. Ele teve participação ativa nas lutas da comunidade, participou ativamente da qualificação do loteamento na luta pela linha de ônibus, na luta pela escola pública - o que hoje já é uma realidade naquele loteamento - e também desenvolveu, como liderança comunitária, atividades de agregação social; o Ricardo Belisário da Silva promovia festas de fim de ano. Portanto, não só organizava a população para reivindicações, mas também para esses eventos sociais. A festa da criança também foi uma atividade sua.

Sr. Presidente, teríamos outros projetos ainda a comentar, só vou enunciar um Projeto importante do Executivo. O Projeto que doa trinta motocicletas para o Estado, a fim de que o Estado possa qualificar a Segurança Pública em Porto Alegre, a fim de que a Brigada possa ter mais agilidade. Portanto, é o Município contribuindo concretamente com a Segurança Pública, mandando para esta Casa um Projeto que pede autorização para celebrar essa doação por meio do regime de comodato, com encargos, evidentemente, para o Estado. O Município faz essa doação para o Estado, para melhorar a nossa segurança pública, que em Porto Alegre, em todo o Estado do Rio Grande do Sul, está muito pior do que estava no tempo do Olívio Dutra. Muito, muito pior, porque, como falei desta Tribuna, a banda podre está à solta. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, está tramitando hoje em 3º Período de Pauta um Projeto de nossa autoria que propõe seja concedido o Prêmio de Educação Thereza Noronha ao Professor Irmão Lauro Bohnenberger é um Irmão lassalista, que durante muitos anos lecionou em várias escolas, como Medianeira, de Cerro Largo; Colégio Santo Antônio, de Porto Alegre; Colégio N. Sra. das Dores, e há mais de 30 anos vem dirigindo inúmeras escolas lassalistas. Foi diretor do Colégio das Dores; da livraria Santo Antônio, do Pão dos Pobres; do Colégio Medianeira, de Candelária: do Colégio Medianeira, de Cerro Largo; do Colégio Gonzaga, de Pelotas; do Centro Educacional La Salle, de Manaus. Foi diretor da Escola João XXIII, em Moçambique, na África, e atualmente é o diretor do Colégio São João, aqui de Porto Alegre. Durante muitos anos também foi membro do Conselho Estadual de Educação. Então, é uma daquelas pessoas que tem dedicado quase toda a sua vida em prol da educação.

Para mim, é motivo de muita alegria propor esse Prêmio que distingue, é importante salientar que esse Prêmio de Educação Thereza Noronha é a mais alta distinção educacional proposta pela Câmara Municipal de Vereadores.

Eu tive a oportunidade e a felicidade de trabalhar alguns anos com o Irmão Lauro, sendo ele diretor de uma escola em que eu trabalhava, Colégio N. Sra. das Dores. Eu queria dizer que ele é uma das pessoas que consegue, numa visão educacional, formar uma comunidade.

 

O Sr. Cláudio Sebenelo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu queria cumprimentar o Ver. Carlos Garcia, por uma iniciativa tão feliz em relação ao Irmão Lauro. Ele é muito mais do que nós pensamos. Ele é uma pessoa fantástica, com uma experiência incrível em direção, em ensino, em compreensão e principalmente visão de mundo. Parabéns pela iniciativa! Eu, como lassalista, fico extremamente feliz com essa honraria para uma pessoa que realmente merece. Ele é uma figura da Cidade. Obrigado.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Muito obrigado a V. Exa., que é ex-aluno do Colégio das Dores. E sei também que V. Exa. tem uma atuação política no bairro São João junto ao próprio Colégio São João. Então, nós gostaríamos de complementar mais algumas coisas do Irmão Lauro Bohnenberger, que é daquelas figuras que, como diretor, não fica entrincheirado num gabinete, é daquelas pessoas que transitam e conseguem dialogar com os alunos, seja com os menores - aquelas crianças de 6 ou 7 anos -, seja com os maiores - de 18 ou 19 anos. Ele consegue ter uma ampla atuação junto à comunidade educativa e, volto a dizer, pela sua experiência de mais de 40 anos na área educacional é, sem sombra de dúvida, dentro da Congregação dos Irmãos Lassalistas não só do Brasil e da América, uma das maiores autoridades, daquelas pessoas que dedicaram e dedicam toda a sua vida à questão educacional.

É importante dizer que, durante todos esses anos, essas inúmeras escolas em que o Irmão Lauro atuou são sempre escolas bem-sucedidas, que tiveram uma evolução. Na escola em que está atualmente - o Colégio São João, de Porto Alegre -, o Irmão Lauro, nos últimos anos, tem conseguido, de maneira própria, pessoal, como é sua característica, sempre respaldado pelos Irmãos lassalistas, difundir, ainda mais, aqueles princípios norteadores da Ordem Lassalista, Ordem essa que, hoje, está inserida em mais de 85 países do mundo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.  O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Senhor Presidente, Srs. Vereadores, nós temos oportunidade, hoje, de verificar na Pauta alguns assuntos que, naturalmente, vão merecer muita atenção por parte da Casa, especialmente alguns, já objeto de comentários pelos companheiros Vereadores que me antecederam na tribuna e, nomeadamente, o que diz respeito ao Projeto de Lei do Executivo que institui Área Especial de Interesse Cultural na gleba situada na Macrozona 08 da Unidade Estrutural Urbana 052, subunidade 01 da Lei Complementar nº 434/99, com vistas a assentar comunidade Caingangue, localizada na Estrada João Oliveira Remião, nº 9.735.

É verdade, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, que esse tema das Áreas Especiais de Interesse Cultural encontra-se, presentemente, sendo debatido amplamente no que diz respeito à reavaliação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental. Essa discussão, hoje, se dá em face de um estudo pormenorizado realizado pela Secretaria da Cultura do Município em convênio com a Faculdade de Arquitetura Ritter dos Reis, pelo qual são propostas inúmeras áreas de Porto Alegre – 80 áreas, para ser mais exato –, que seriam objeto de proposta do Executivo no sentido da sua transformação em Áreas Especiais de Interesse Cultural.

Agora surge essa proposta do Executivo que, a meu juízo, não foi contemplada no estudo que está sendo discutido, dando uma solução a um problema antigo da cidade de Porto Alegre, e optando por oferecer na forma de Área Especial de Interesse Cultural, quando, acredito, o lógico seria o encaminhamento dessa matéria como Área Especial de Interesse Social. Mais do que preservação cultural, aqui nós temos preservação de pessoas que são minorias da nossa sociedade e que estão, há muito tempo, na busca de um atendimento por parte do Executivo da Cidade e por parte da sociedade de Porto Alegre.

Então, Sr. Presidente, é uma matéria que foi levantada pelo Ver. Zé Valdir, e que, naturalmente, será objeto de grandes discussões. Não creio que essas matérias que agora, Ver. Pedro Américo Leal, estão sendo despejadas na Ordem do Dia, na discussão preliminar, devam merecer análise prioritária da nossa parte.

Em verdade, neste ano Legislativo – eu posso afirmar, na condição de Presidente da Comissão de Constituição e Justiça –, a Comissão já recebeu cerca de 650 projetos para exame. É um número absolutamente sem precedentes na Casa. Para que os Srs. Vereadores tenham idéia, a CCJ, que naturalmente recebe toda as matérias que ingressam no Legislativo, no ano passado recebeu 380 processos, nós estamos indo quase que para o dobro. Existe na nossa Ordem do Dia quase uma centena de processos que estão aguardando deliberação, sem contar os outros que ainda tramitam na Casa e que a qualquer momento podem alimentar a nossa discussão.

Vejam bem que entre esses se encontra o Orçamento do Município, alteração nas regras do Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza, existem alterações na forma de contribuição da Previdência Municipal. Enfim, matérias que, pela sua própria natureza, envolvem uma grande polêmica. E nós estamos rigorosamente a 20 dias do final do ano Legislativo e estão sendo colocados, aqui, em Pauta, essa quantidade imensa de projetos.

Então, eu gostaria - até em homenagem ao Executivo Municipal -, alertar a sua Liderança para essas propostas que possam envolver polemicidade - uma delas inclusive foi objeto da proclamação no dia de hoje, quando foi anunciada pelo Presidente, no início da Sessão, que trata da venda de patrimônio municipal, de ações da Petrobras, ações que constituem patrimônio do Município de Porto Alegre e cuja venda, nós teremos de verificar oportunamente, deverá ter algum destino e é o que nós iremos examinar.

Mas toda essa situação, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, determina, imperiosamente, que nós tenhamos, na reunião da próxima quarta-feira, um exame muito acurado por parte das lideranças, uma definição do que será objeto de enfrentamento da Casa neste final de ano, sob pena de nós decidirmos no equívoco, muitas vezes aqui registrado, no afogadilho dos finais de ano Legislativo, aprovarmos matéria que, com muita freqüência, tem dado muita dor de cabeça para este Legislativo e para a sociedade de Porto Alegre.

Por isso, Sr. Presidente, eu me reservo o direito de aprofundar o exame dessa proposta, saber qual a razão pela qual o Município fez essa opção de estabelecer a primeira Área Especial de Interesse Cultural lá na Lomba do Pinheiro, para o assentamento dessa comunidade indígena, como é o objeto da proposta. Era isso, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quando não é o rei que está nu, desnudado pelas pequenas janelas que se abrem rapidamente, às vezes, e imperceptivelmente, e mostra por inteiro, Ver. Pedro Américo Leal, por atos falhos, e até por declarações explícitas o verdadeiro eu presidencial, vêm os Ministros desta República colaborar nesse infernal caldo de trapalhadas e desmentidos que se constitui hoje o Governo Federal. Como se não bastasse a declaração de Lula dizendo que Berzoini, passando por cima do Estatuto do Idoso, fez um gol contra, nas já grotescas metáforas do Presidente, insinuando que quem saiu ferido foi a imagem do Governo, e não a população acima dos noventa anos, vem agora o Ministro Cristóvam Buarque, da Educação, e faz um novo gol contra. Diz o Ministro: “Fico preocupado, triste e descontente ao saber que o trabalho infantil aumentou em mais de 50% nas seis principais regiões metropolitanas pesquisadas do País”. Piorou a situação, mas pior ainda, um outro gol contra do Ministro Nilmário Miranda, dizendo que o programa de Erradicação do Trabalho Infantil teve que ser controlado e que, nos próximos três anos, vai deslanchar. Na verdade, o Programa não vai deslanchar, o desemprego não é temporário, e nunca houve controle nenhum a respeito desse Programa. O que há, na verdade, é um corte de verbas global para engordar o superávit da balança exigido, sabe por quem? Pelo FMI. Mas, mesmo com a tristeza, preocupação e o descontentamento do Ministro Buarque, no fim do dia, mesmo com a política econômica que tanto foi combatida no Governo anterior e seus efeitos muito piores, vão todos dormir muito tranqüilos.

E atenção: novo gol contra acaba de ser consignado pela Secretaria de Política Econômica, do Ministro Palocci e do mesmo Ministro que assina o estudo. Nele, o estudo intitulado Gasto Social do Governo Central, em 01 e 02, conclui que o Governo Federal continua gastando muito nas áreas sociais, mas que parte do dinheiro acaba sendo apropriado pelos ricos. Chegou-se a essa conclusão comparando o gasto social do Brasil com o de outros países. E mais: cerca de 40% dos recursos do Governo Federal para o Ensino Superior apenas beneficia os indivíduos que se encontram entre os 10 mais ricos da população. É só gol contra! Cuidado com o rebaixamento para a 2ª Divisão, mesmo porque falar nisso, em Porto Alegre, é “falar de corda em casa de enforcado”.

Mas o corte de três bilhões e meio de reais para a área da saúde continua sendo o assunto do dia. Desmentem, desmentem, recuam, mas o dinheiro, que é bom, não vem! Até o Secretário Collar atribui o déficit deste ano ao corte de verbas nessa área. Sabe-se que, em Saúde, o aprimoramento dos serviços públicos diminuem muito o preço dos serviços privados; sabe-se que a piora dos serviços aumenta muito o preço do seguro-saúde privado.

A quem pode interessar essa degringolada na Saúde em Porto Alegre? A quem pode interessar o boicote à CPI da Saúde, pedida não só pelos Vereadores, mas pelo uníssono da população? Quem tem medo de CPI?

E já circula solto na Cidade um documento chamado SOS Hospital de Pronto Socorro, com a assinatura da grande maioria dos médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem do Hospital de Pronto Socorro, tão ou mais enfermo do que a própria Saúde da Cidade. É o paradoxo máximo: a Saúde está doente! Eles conseguiram! E a CPI, Ver. Haroldo de Souza, vai ser votada amanhã à tarde, e, se Deus quiser, vai ser rejeitado o Parecer da Comissão de Constituição e Justiça.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Excelentíssimo Sr. Presidente e Srs. Vereadores, estava em silêncio pois de que adianta falar? Meu tema, pelo menos eu o prefiro, é Segurança Pública, e quando o Estatuto da Criança e do Adolescente, peça defendida pelo PT, principalmente pelo PT, ilude o País, chegando à conclusão de que os crimes cada vez se tornam mais perversos, sanguinários, inexplicáveis sempre envolvendo a adolescência. Para que vou falar? Há tanto tempo cuido disso, há mais de 40 anos, mas o Estatuto da Criança e do Adolescente eu o combato na parte infracional, há longos 13 anos, desde seu tempo de existência lá na TV Cultura. Mal tinha ele surgido, e dizia para os que me ouviam, que me apreciavam o trabalho: “Leiam a parte infracional e constatem”. Mas eis que, agora, dois príncipes das Igreja, Dom Aloísio Lorscheider, cardeal de Aparecida do Norte, e o Rabino Henry Sobel, responsáveis por duas correntes espirituais das maiores do Brasil, declaram peremptoriamente que tem-se de tocar no Estatuto! Mas é o que digo há 13 anos! Só agora eles viram isto! O Estatuto é coisa inspirada em direitos dos países mais civilizados, onde se tem educação, tem penitenciárias-modelo, como Estados Unidos e Suíça. Mas o que temos aqui? Não temos nada. As FEBEMs são os depósitos das crianças, dos rapazes, dos adolescentes que enveredam pela vida do crime e não há solução! Esse crime hediondo que houve em São Paulo, crime que convulsionou o País, o assassinato de Felipe da Silva Caffe e Liana Friendenbach, filha de advogado, moça de 16 anos, que foi estuprada, crime que foi comandado por menor de 16 anos. É um detalhe, claro que é um caso, podem dizer, não, mas é um só caso. São centenas de casos iguais a esses por ano no Brasil! Quando é que este País, essa população, quando é que homens cultos, os intelectuais, os homens das Ciências Jurídicas vão se dedicar de uma vez por todas as origens do problema?! Não temos presídios, presos amontoados! O Fernando Henrique Cardoso não construiu coisa alguma! Temos os presídios no Rio Grande do Sul superlotados! Eu disse desta tribuna, há 6 anos, que salvava-se o Rio Grande! Não se salva mais! O Rio Grande do Sul, hoje em dia, apresenta um déficit de quatro mil xadrezes. Vamos entender, não existem celas no Brasil! Existem amontoados, homens num quarto, numa dependência de presídio, e nada mais! Homens que às vezes sorteiam quem deve morrer! Quem deve viver! Os presidiários sorteiam. Vossas Excelências se lembram disso! Eu afirmo que a pena de morte deve ser adotada, é, na verdade, de minha parte, uma pretensão quase que idiota, porque, diante de uma barafunda dessas, de uma desorganização prisional dessas, não posso nem levantar a pena de morte como pena a ser adotada, não posso! A desorganização é tão grande, que não posso colocar a pena de morte como justa pretensão no País! Mas, de uma vez por todas, temos de tomar uma providência; chega de improvisar! Os amadores têm de se afastar! Segurança Pública é para profissional! Quem entende de Segurança Pública? Quem é? Fulano, Beltrano e Sicrano. Chamem eles! Como é que podemos admitir constituirmos uma Secretaria de Saúde sem médicos, sem enfermeiras, sem auxiliar de enfermagem? Como?! Mas na Segurança Pública se faz isso.

Sr. Presidente, concluo. Teria tanta coisa a dizer e a receber as respostas do País, que são completamente vagas e nulas, que não me perco pregando para o deserto, clamando a esmo como tenho feito.

 

(Revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Apregôo a solicitação de votação em destaque das Emendas nºs 55, 56, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81 e 82 ao PLE nº 041/03, requerida pelo Ver. Beto Moesch.

Apregôo a solicitação de votação em destaque da Emenda nº 21 ao PLE nº 041/03, requerida pelo Ver. Haroldo de Souza.

Apregôo a solicitação de votação em destaque das Emendas nºs 18, 32, 33, 34, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64 e 65 ao PLE nº 041/03, requerida pelo Ver. Sebastião Melo.

Apregôo a solicitação de votação em destaque das Emendas nº 12, 36, 37 e 38 ao PLE nº 041/03, requerida pelo Ver. Luiz Braz.

Apregôo a solicitação de votação em destaque das Emendas nº 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 83 e 84 ao PLE nº 041/03, requerida pelo Ver. Reginaldo Pujol.

Apregôo a solicitação de votação em destaque da Emenda nº 44 ao PLE nº 041/03, requerida pelo Ver. Cláudio Sebenelo.

A Ver.ª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero me manifestar em Pauta hoje acerca de vários Projetos. O primeiro diz respeito à concessão do Prêmio Literário Érico Verissimo ao escritor Paulo Hecker Filho, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro. Quero dizer que assino embaixo, porque, além de ser escritor, Paulo Hecker é crítico, crítico literário, crítico muito severo de dança, é poeta, uma figura da maior relevância na comunidade cultural de Porto Alegre.

O segundo é o Projeto de Resolução nº 117/03, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, Ver.ª Maria Celeste, Ver. Renato Guimarães, também de minha autoria, que institui a Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual na Câmara Municipal de Porto Alegre. Essa Frente já existe na Câmara Federal, é pluripartidária. Nós estamos fazendo esse lançamento e convidando os demais Vereadores para que participem, porque assim como aconteceu a Semana da Consciência Negra, muito bem organizada pela Comissão desta Casa, composta por funcionários e funcionárias, nós consideramos que a questão da livre expressão sexual é muito séria e exige respeito, exige visibilidade e também conscientização da nossa sociedade. Por isso que ela é importante.

O terceiro é o Projeto de Lei do Executivo nº 049/03, que institui Área Especial de Interesse Cultural – AEIC. Quero acrescentar, do meu ponto de vista, “e Social” também. Mas creio que seja cultural, porque diz respeito à identidade de um povo, diz respeito aos caingangues, que já perderam e perderam muito, desde a descoberta do Brasil, que perderam história, memória, espaço físico, a voz, a vez, que eles não são nada e que é um povo que merece uma reparação, merece uma devolução, no sentido do resgate, do seu respeito e da sua dignidade, não que por si só isso vá resolver, mas com outras ações pedagógicas é possível o resgate de toda uma identidade que diz respeito à história do Brasil.

O quarto é o Projeto de Resolução nº 113/03, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede a Comenda Pedro Weingärtner ao artista plástico Gastão Tesche, assim como será agraciada a artista Maria Leda Macedo, de minha autoria, no início de dezembro. Tenho certeza de que o Gastão Tesche, gaúcho de Santa Cruz do Sul, mestre em pintura e desenho, que iniciou trabalhando com murais, com mosaico, é merecedor dessa Comenda, está à altura do nome do Pedro Weingärtner. É importante dizer que ele se inspira nas lendas gauchescas e, como todo artista, acrescenta novos elementos, recria as lendas do Rio Grande do Sul em um universo absolutamente novo de formas, de linhas, universo visual da maior poética possível. Gastão possui um currículo intenso, um currículo denso, já possui um reconhecimento nacional e internacional, e agora, certamente com a aprovação dessa idéia, terá o reconhecimento da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Obrigada.

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Ver.ª Maria Celeste está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, o Projeto que quero discutir em Pauta, no dia de hoje, é o já salientado pela Ver.ª Margarete Moraes, mas quero reiterar aqui, é o Projeto que cria a Frente Parlamentar pela Livre Expressão Sexual na Câmara Municipal de Porto Alegre, de autoria do Ver. Renato Guimarães, Ver. Carlos Alberto Garcia, Ver.ª Margarete Moraes e também de minha autoria. Um Projeto que, a meu juízo, tem de ser discutido no dia de hoje, uma vez que amanhã - já falei nesta tribuna no Período de Comunicação - é o Dia Internacional do Combate à Violência contra as Mulheres no mundo todo. Dentre as formas mais perversas de violência, estão a de gênero, a violência contra a mulher, e, principalmente, uma violência selada, num segredo, num preconceito, numa grande discriminação, que é a violência contra as mulheres lésbicas em nosso País.

A Constituição Brasileira, a nossa Carta Maior, no seu art. 3º, inc. I e IV, elegeu como um dos fundamentos da nossa República Federativa do Brasil: “construir uma sociedade livre, justa, solidária; e promover o bem de todos” - e todas -, “sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. Também no seu art. 5º garantiu expressamente que “todos” - e todas – “são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Embasados na nossa Constituição, os Legislativos tanto em nível de Assembléias Legislativas dos Estados como nas Câmaras Municipais têm feito um grande esforço na área dos direitos humanos, nas suas Comissões de Direitos Humanos, para que haja um grande combate à discriminação, ao preconceito em relação ao gênero, à raça, à etnia, e, também, à livre orientação e expressão sexual. Mas ainda existe uma grande resistência, ainda existe um grande combate aos grupos chamados minorias em nosso País. Em nossa Cidade, mesmo com as várias manifestações culturais, várias paradas que realizamos aqui em Porto Alegre - nós temos as paradas livres, no mês de julho, justamente para demarcar; aqui também há um projeto, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que demarca o Dia da Visibilidade Lésbica no nosso Município, um Projeto que nós estamos discutindo, aqui neste plenário -, mesmo com toda essa mobilização social, mesmo com toda essa reivindicação, ainda existe, em nossa sociedade, um preconceito muito grande, e quem mais sofre o preconceito são as mulheres lésbicas. Então, eu quero reiterar a importância da criação dessa Frente Parlamentar, que não se resuma apenas a esses quatro Parlamentares que encaminharam este Projeto a esta Casa, mas que possa, inicialmente, a partir do desejo da vontade desses Parlamentares, encabeçado pelo Ver. Renato Guimarães, que possa estar sendo constituído esse debate de reflexão, de questionamento cotidiano nesta Casa, da importância dessa luta das mulheres lésbicas em nosso País.

Nós tivemos também, do dia 13 ao dia 16 de novembro, o 14º Encontro Nacional Feminista, em que houve uma grande manifestação dos vários segmentos das mulheres negras, das mulheres lésbicas, de todas as mulheres do nosso País, dos diferentes Partidos, foi um encontro para além dos Partidos, envolvendo todos os Partidos, esse encontro foi aqui na nossa Capital. E, nesse encontro, foi apontada a necessidade de dar visibilidade na luta das mulheres lésbicas em nossa Cidade e em nosso País. Quero então crer que precisamos, cada vez mais, estar munidos e desprendidos, diria mais, de conceitos, de “pré-conceitos” para que possamos realmente construir uma sociedade mais justa, mais igualitária para todos e para todas as mulheres da cidade de Porto Alegre. Muito Obrigada, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Encerrada a discussão de Pauta.

O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Vereadoras, coincidentemente, Ver. Pedro Américo Leal, estávamos junto com o Ver. Nereu na inauguração de uma casa-lar-residência na Intercap, onde nós ficamos - tenho certeza que o Ver. Nereu também - maravilhados com a forma que estavam sendo - ou começando a ser - tratadas aquelas crianças e adolescentes. Serão mais de vinte naquela casa, com todo o conforto, com doações, num projeto maravilhoso para dar a capacidade que V. Exa. estava se referindo aqui; o projeto desenvolve um atendimento na saúde, alimentação e escola, tudo aquilo para que, quando eles cheguem numa idade perigosa, que é a compreendida entre os catorze e vinte anos, eles tenham um comportamento adequado, tenham escola, enfim. Então, ficamos, realmente, maravilhados com a idéia, com a iniciativa da Secretaria nesse aspecto de colocar mais de vinte crianças e adolescentes ali num reduto salutar, propício para a recuperação, sem dúvida, então, o complemento total. Então, fiz questão de salientar esse aspecto, pois viemos de lá e nos sentimos gratificados com aquela obra que está sendo realizada e que vai amparar mais de vinte crianças e adolescentes.

Mas eu quero me referir aqui à matéria da página 33, de Rodrigo Cavalheiro, na Zero Hora (Lê.): “Prefeitura propõe taxa para pagar dívida com a CEEE”. Prefeitura propõe taxa ao contribuinte municipal para pagar a CEEE. E nós sabemos que isso não vai adiantar, porque não tem adiantado no Interior, Ver. Isaac Ainhorn. Inclusive há um relato, aqui, de uma moradora de Canoas, lá há a contribuição de iluminação pública (Lê.): “Moradora do bairro Nossa Senhora das Graças, a costureira Susete Susin, síndica de um condomínio com quarenta e sete apartamentos, reclama que a iluminação não foi melhorada na Rua Miguel Vieira Ferreira: ‘Há só um bico de luz, e os postes estão escondidos. A única mudança foi mesmo na conta’, protesta a moradora de cinqüenta e sete anos que pagou 1 real e 20 centavos pela iluminação pública na última conta”. Então está cada vez mais claro que essa Taxa de Iluminação Pública, que vem como contribuição, camufladamente, como contribuição, não vai adiantar.

Ora, se as prefeituras não se prepararam, foram incompetentes na administração financeira, como já mostrou a Prefeitura de Porto Alegre, que já vem relatando não só esse fato da Taxa de Iluminação Pública, mas um rombo de 75 milhões, que trouxe vários problemas, acentuados a partir deste ano e que, conseqüentemente, coincidentemente, também, quer cobrar Taxa de Iluminação Pública. Isso não vai adiantar, como não está adiantando no Interior, naquelas cidades que aprovaram, açodadamente, essa Taxa de Iluminação Pública.

Portanto, o Executivo prepara, Ver. Ervino Besson, um momento exato, já que houve há dois dias, como diz num dos jornais da Capital, a notícia de que faltam três votos para ser aprovado.

Então, sorrateiramente, Ver. Nereu D’Avila, está aguardando o momento como uma cobra para dar o bote, ou seja, está esperando dos senhores, das senhoras, a aprovação com 17 votos nesta Casa.

Portanto, muita atenção! Porque já há pressão dos dois lados: pressão do Governo do Estado, que quer receber, e pressão do Município, que quer onerar ainda mais o cidadão porto-alegrense com mais essa Taxa de Iluminação Pública. Portanto, muito cuidado. Mas é bom que venha à tona para que nós possamos saber onde está sendo aplicado; como no Interior não está resolvendo, pois é para pagar dívidas que vêm sendo roladas há anos e não está resolvendo o problema do cidadão, do dia-a-dia, das comunidades, como a iluminação, com o pretexto de que vai dar mais segurança. É mentira! É mais uma facada no bolso do cidadão porto-alegrense! Obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu relembro que, por duas oportunidades... Aliás, hoje é um dia bom, infelizmente não está na Ordem do Dia, este Projeto já esteve na Ordem do Dia, mas foi retirado, o da Contribuição de Iluminação, Ver. Cassiá Carpes. Eu temo um tratoraço do Executivo Municipal. Eu sou pragmático. Em primeiro lugar, a Contribuição de Iluminação Pública na cidade de Porto Alegre é completamente improcedente; não cabe. E essa nós vamos retirar! Se a oposição é oposição nesta Casa, nós temos de derrotá-la, como a derrotamos por duas vezes. Como a derrotamos por duas vezes! Senão a oposição não atua como um bloco homogêneo. Para mim, é uma questão de princípio da oposição desta Casa rejeitar mais esse tarifaço em cima dos munícipes de Porto Alegre. Eles estão cansados de pagar impostos, de pagar tributos.

O Ver. Cassiá Carpes tem sido, com este Vereador e com tantos outros, um dos mais fortes críticos em relação à Contribuição de Iluminação Pública. Eu até compreendo a posição do Ver. Pedro Américo Leal, porque o Vereador entende que a iluminação não resolveria de todo, mas seria um elemento importante para a Segurança Pública. Mas o dinheiro da iluminação pública existe nos cofres e nas burras municipais. Está lá o dinheiro oriundo do retorno de 25% do ICMS pago pelos cidadãos de Porto Alegre que consomem energia elétrica na Cidade! O dinheiro existe e houve aumento de quase 30% da energia elétrica. Vale dizer que houve aumento de 30% na arrecadação, na participação do produto da iluminação, da energia elétrica, para a cidade de Porto Alegre pelo retorno do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS.

O que a Prefeitura, o Executivo está fazendo, Ver. Haroldo de Souza, é chantagem com esta Casa, dizendo que não paga, tem alegado que não paga à CEEE o que gasta de iluminação pública, porque a Câmara não paga Contribuição de Iluminação Pública, não paga energia elétrica, e eles precisam criar uma tarifa para que a Prefeitura possa pagar os gastos de iluminação pública. Não é necessário – repito, e desafio o Vereador que venha a esta tribuna e prove que se faz necessário para pagar a iluminação pública da cidade de Porto Alegre uma cobrança de contribuição pública por parte da população. Mais esse ônus! Anos e anos pagou iluminação pública sem precisar criar taxa! A situação é diferente na cidade de Porto Alegre. Há o ICMS da própria energia elétrica. É o recurso necessário e que faz com que sobre dinheiro para pagar a conta de luz. Se a Prefeitura não paga a conta de luz da iluminação pública da cidade de Porto Alegre, é porque ela está usando isso como pretexto para que os Vereadores sejam pressionados a pagar e fiquem constrangidos a aprovar a Contribuição de Iluminação Pública. É uma vergonha uma situação como essa! Mas eu vejo que, felizmente, a base do Governo precisa 17 votos afirmativos aqui para aprovar a Contribuição de Iluminação Pública. Ao que me consta, tem 14. Se tivesse os 17, já teria colocado em votação. Tem 14 votos. Eu ouvi o Ver. Sebastião Melo, numa reunião com o Presidente da CEEE e com o Presidente do Banrisul, dizer que não aprova porque é contra o povo! Porque a oposição não vai tolerar esse aumento brutal que o PT pretende! Eu pago para ver! Eu acho que é decisivo! Senão, vou ter de concordar de repente com o Denis Rosenfield, sociólogo, filósofo, que diz que não se consegue constituir uma oposição decisiva ao PT na cidade de Porto Alegre.

Concluindo, Sr. Presidente, agora nós vamos testar: quem recebeu o voto e a legitimidade popular para ser oposição ao Governo Municipal vai votar contra a Contribuição de Iluminação Pública ou vai-se abster. Do contrário, estará fazendo o jogo do Executivo. Portanto, dos 14 votos, que são referentes à base de sustentação da Frente Popular, na Prefeitura, nada mais existe. Tenho a convicção de que não farão - no máximo - mais do que 15 votos.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Apregôo mais uma Requerimento de destaque, de autoria do Ver. Wilton Araújo, das Emendas nºs. 39 e 40 ao PLE nº 041/03. Eu chamo a atenção para o fato de que nós temos três dias para votar o Orçamento: hoje, quarta e quinta-feira. Se não houver um entendimento entre as Lideranças sobre os destaques, nós teremos algumas dificuldades para cumprir a Lei Orgânica, que diz que até o dia 30 de novembro nós teremos de votar o Orçamento, mas vou apregoando todas as Emendas que forem destacadas.

O Ver. Wilton Araújo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. WILTON ARAÚJO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, volto à tribuna, mais uma vez, agradecendo a presença dos líderes das religiões umbandistas e africanistas que hoje estão conosco, aguardando a votação do Projeto, assim como fizeram na última Sessão, que, infelizmente, não conseguiram ver votado o seu Projeto. Hoje eles retornam, fazendo uma vigília, para acompanhar a votação do Projeto, que tenta trazer igualdade entre as religiões e os templos, e seguir o caminho da Constituição que, realmente, com a sua sabedoria, tornou imunes todos os templos de todas as religiões. Nesse sentido, há que se ressaltar a luta para a manutenção da cultura e da religião da raça negra.

Dando seqüência ao pronunciamento que realizei há pouco, gostaria de trazer à lembrança por que nós colocamos o Dia da Consciência Negra e Anti-racismo, consagrado hoje, mas que, em Porto Alegre - cidade pioneira -, há 19 anos, é no dia 20 de novembro. O dia 20 de novembro lembra Zumbi dos Palmares, lembra os quilombos, lembra o Quilombo de Palmares onde se resistiu àqueles quilombolas saídos das fazendas, não só os negros, mas os índios também – escravos -, que fugiam e iam para os quilombos. Os quilombos resistiram um século; Palmares resistiu um século às investidas dos exércitos mais bem preparados do mundo - essa parte da história pouca gente conhece - resistiu ao Exército Holandês da ocupação, ao Português; 100 anos resistiu Palmares. E seu último líder, Zumbi, se não fosse traído, não teria caído Palmares e Zumbi não teria sido assassinado.

São esses traços da nossa história que devemos trazer para a reflexão no plenário, no dia de hoje. No dia de hoje, queremos votar - e os líderes religiosos estão aqui para isso - a manutenção ou a aquisição da igualdade para que os templos das religiões Umbandistas e Africanistas tenham o mesmo direito das outras religiões, Ver.ª Maria Celeste, V. Exa. que é ligada à Igreja Católica. Por exemplo, um templo da Igreja Católica, que tem o seu sacerdote morando na casa paroquial, junto à igreja, tem a possibilidade de ter a isenção, tendo a residência junto do templo, sendo assim, ele tem a isenção. É claro que é mais organizada, com mais recursos, porque tem uma comunidade atrás dela com mais recursos e com maior organização.

Nos nossos templos - os Umbandistas e Africanistas -, o que acontece é que, sem dinheiro, se erige o templo dentro do terreno ou junto do prédio da moradia do sacerdote. Esse prédio, que seria o templo, está no nome do sacerdote, não está no nome da sociedade, que muitas vezes não está organizada por dificuldades econômicas, financeiras, pois não tem como colocar, em um terreno só, um templo enorme; talvez, no futuro, tenhamos; agora, não temos ainda. E para que isso dê igualdade de condições e essa isenção possa se estender aos templos umbandistas e africanistas, colocou-se apenas uma palavra, a palavra cedido, e essa palavra faz com que eles tenham possibilidade de se habilitar à isenção.

Voltaremos no momento da discussão e no momento do encaminhamento deste Projeto, e teremos oportunidade de falar melhor ainda. Mas a idéia é de só colocar num mesmo patamar de igualdade, evitando, com isso, a discriminação que hoje se faz. Obrigado. (Palmas.)

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores. O Ver. Wilton Araújo falou aqui, hoje, sobre os negros, e a raça negra foi, na semana passada, o assunto da imprensa de todos os cantos desta Cidade, tendo o Projeto do Dia 20 de novembro, como feriado municipal, servido, no mínimo, para escancarar o racismo que ainda existe, sim.

Por exemplo, a cota para os negros: alguém quer uma demonstração de racismo mais acentuada do que a de dar cota para os negros? Cota aqui, cota ali, quando tudo deveria ser de todos sem cotas. Ao se distribuir cotas, se confirma o racismo que é negado por todos. Por que para os negros tem de ser aos pouquinhos, liberando em partes, quando o negro deveria ter o mesmo direito dos brancos?

Que tênue fio é esse que separa o racismo da igualdade? Por que eu vou querer cotas se tudo também deveria ser meu? Uma cota de ações bancárias, Ver. Sebenelo, ações empresariais, tudo bem, mas cota para poder estudar, para poder trabalhar? Isso é sacanagem! Não, decididamente, não!

Na semana passada, os Vereadores foram almoçar com a Direção do Banrisul e da Companhia Estadual de Energia Elétrica, motivo: esclarecimento ou, sei lá, pressão para definir votos. Notei preocupação nos homens do Banrisul e da Companhia de Eletricidade de que é mais um imposto para a população, mas que eles são obrigados a fazer tecnicamente. Eu disse: tecnicamente. Com isso, fiquei mais livre para posicionar, de novo, o meu voto para a Taxa de Iluminação Pública na cidade de Porto Alegre. Como admitir qualquer outra taxa, por menor que seja, se convivemos com uma das maiores taxações de tributos do mundo? Se não a maior delas todas. Nesse quadro de taxas, está o tal de Imposto de Renda. Há coisa mais brutal, mais cruel para quem trabalha, do que essa taxa de 27%, tão combatida pelo Partido dos Trabalhadores, antes de chegarem ao Governo? O desconto de 27% no salário para o Imposto de Renda, é um rasgo, é um prejuízo incalculável para a população e, principalmente, para a classe B que movimenta este País!

O Governo não deveria ter o direito de extirpar, de arrancar, de tirar, assim, direto, esse brutal imposto dos salários das pessoas! Além de mais leve, o Imposto de Renda deve ser pago pelo cidadão, indo ao banco, recebendo carnê, pagando via Internet, etc., mas nunca com esse desconto na fonte. O que é brutal no campo da falta de respeito com a cidadania da gente brasileira!

Então, como pagar Taxa de Iluminação da Cidade, se é a Prefeitura que deve para a CEEE? E, com isso, vamos transferir o pagamento da conta não-paga pela Prefeitura, para a população, quando se cansa de dizer aqui que a Prefeitura de Porto Alegre tem dinheiro aplicado.

Como é que a Prefeitura investe, aplica o dinheiro e não paga suas contas? E o povo, via Taxa de Iluminação, vai cobrir a falha do Sr. Prefeito e de toda a sua equipe? Não! Decididamente, votarei contra a Taxa de Iluminação! E espero, aliás, tenho certeza absoluta de que este Projeto não será aprovado nesta Casa.

Eu quero deixar bem claro, mais uma vez, não adianta me pedirem, nem o Governador do Estado, que é do meu Partido: eu não votarei pela Taxa de Iluminação Pública! O que importa para mim é a minha consciência, e é assim eu vou me posicionar. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, alguns Vereadores utilizaram o período de Comunicações para falar sobre a questão do Campeonato Mundial Aberto de Tae-Kwon-Do, que foi realizado na Pontifícia Universidade Católica, em que quase dois mil atletas participaram e que reuniu atletas de inúmeros países da América, e mais a representação da Coréia, que teve a oportunidade de vir aqui na Câmara. Eu gostaria de registrar que, na abertura do evento, nós tivemos a participação do Ver. Raul Carrion, representando o Ministro Agnelo.

Nesse evento nós fizemos questão de saudar o Governador Germano Rigotto, pela gentileza que teve, por todos os préstimos de atendimento, por meio do Banrisul, da FUNDERGS, de doação, bem como pela possibilidade de recursos, de disponibilização de verbas. Infelizmente, não tivemos esse atendimento por parte da nossa Prefeitura. Está falando aqui um Vereador que faz parte da Frente, mas não tivemos, por parte do Sr. Prefeito, esse mesmo atendimento. E o próprio Prefeito, quando nós tivemos a Audiência Pública, nos acenou com algumas coisas, que, depois - infelizmente, até agora não ficamos sabendo o motivo - não foram cumpridas. Nós, inclusive, aguardamos a sua presença, mas ele não compareceu, e, sim, a Secretária Rejane. Essas coisas nós temos de elogiar, e, também, fazer a crítica. Uma coisa que eu aprendi na vida é o seguinte: quando a gente não pode cumprir as coisas, não as promete. Diz-se que não pode. É muito mais fácil do que fazer o inverso. Foi nesse sentido que nós fizemos questão de elogiar o Governador Germano Rigotto, porque ele não acenou com nada, e, na hora, de maneira franca e aberta, disponibilizou os meios necessários para a realização do evento.

Nós voltamos a dizer que, desse evento, participaram quase 300 crianças, portadoras de necessidades especiais - algumas delas vindas do Uruguai e da Argentina -, fazendo, realmente, um grande processo de inclusão social.

A apresentação da Coréia foi totalmente à parte, um show, um espetáculo.

E nós queremos, mais uma vez, agradecer às instituições, como o Banrisul, a AGERGS, que nos deu uma atenção toda especial, com doações para todas as premiações do evento, e a idéia é fazer com que, daqui a dois anos, Porto Alegre possa, novamente, sediar esse campeonato mundial de Tae-Kwon-Do, porque o que nós presenciamos e constatamos é que, pela grande participação dos atletas, inclusive do próprio Brasil, é um esporte que está numa evolução muito grande, que tem uma preocupação com a formação; não é simplesmente a questão da luta pela luta.

Então, de maneira simples, queremos parabenizar a todos os atletas que lá disputaram aquele evento, a todas as entidades que colaboraram - já citei algumas, mas queremos também agradecer ao Grupo Harmonia, dos Escoteiros, que deram uma sustentação, à Imperatriz Dona Leopoldina, que fez uma bela apresentação de samba para os coreanos e estrangeiros dos demais países. Sem sombra de duvida foi um grande evento. Agradecemos ao Irmão Norberto Rauch, Reitor da PUC, que cedeu todas as instalações de forma graciosa e só, volto a dizer, lamentamos a atitude da Prefeitura que não correspondeu àquilo que prometeu. Quando não se pode dar alguma coisa, não se comprometam, e não prometam nada. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RAUL CARRION: Excelentíssimo Ver. João Antonio Dib, Presidente desta Casa e dos trabalhos, demais Vereadores, Vereadoras, todos que nos assistem nesta tarde prestigiando os trabalhos e que nos assistirão na TVCâmara, queria também, rapidamente, referir esse grande encontro esportivo a respeito do qual o Ver. Carlos Alberto Garcia já se manifestou aqui. Aliás, o Professor Garcia foi o Presidente de Honra da Primeira Copa Mundial Aberta de Tae-Kwon-Do e do Primeiro Campeonato Internacional Aberto de Tae-Kwon-Do para Portadores de Necessidades Especiais. É também uma questão importante, porque buscou integrar os portadores de deficiências também na prática desse esporte. Estive lá, representando o Ministro Agnelo Queiroz, e esse grande campeonato foi organizado pela Associação Gaúcha de Tae-Kwon-Do. Queria destacar o papel do Mestre Camacho, do Mestre Kaori, que foram incansáveis na sua realização.

Um segundo evento importante do qual nós tivemos a oportunidade de participar neste final de semana foi o Congresso da União Brasileira de Estudantes Secundaristas na sua etapa estadual, que se realizou na Escola Érico Veríssimo, em Alvorada, do qual participamos como conferencista convidado numa exposição sobre a conjuntura internacional e nacional.

Queríamos fazer, também, uma referência ao Ato Solene de quinta-feira, 20 de novembro, neste plenário, em homenagem a Zumbi dos Palmares e para a entrega do Prêmio Carlos Santos a lideranças da comunidade negra e do movimento negro, um grande Ato Solene no qual estiveram presentes diversos Vereadores, entre eles o Ver. Wilton Araújo, o Ver. Pedro Américo Leal, o Ver. Haroldo de Souza, este Vereador e outros, não me recordo de todos; não me recordo se o Ver. Elói Guimarães pôde comparecer. A Casa estava cheia e foi um momento de pronunciamentos de grandes e fortes conteúdos, principalmente em cima do fato do momento, que era a anulação do feriado de 20 de novembro, aprovado por esta Casa - e realizado no Rio de Janeiro -, sob a alegação de que era inconstitucional, mas a Constituição é a mesma no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, Ver. Haroldo. O interessante - manifestei naquele dia - é que o feriado da etnia alemã, em São Leopoldo, não é questionado por ninguém. Parece que não é racismo, mas é engraçado: a etnia alemã tem direito ao seu feriado; o dos negros é inconstitucional.

Tivemos, também, na sexta-feira, no final da tarde, outro momento bastante importante, que foi a homenagem ao primeiro Senador negro do Rio Grande do Sul, Sen. Paulo Paim, e ao grande músico, compositor Giba Giba, num ato de grande significado, em que estiveram presentes a nossa Ver.ª Margarete Moraes, o Ver. Aldacir Oliboni, o Ver. Reginaldo Pujol, a Ver.ª Maria Celeste, quando, da mesma forma, importantes pronunciamentos sobre essa questão foram feitos.

Por fim, para complementar, eu queria chamar a atenção do Plenário para as notícias e para os acontecimentos da Assembléia Legislativa, onde o ICMS, Ver. Renato Guimarães, foi aumentado para uma grande gama de produtos, e eu não vi nenhum Vereador da chamada oposição de Porto Alegre usar esta tribuna para falar da fúria arrecadatória do Governo do Estado. Fica o registro, porque é preciso mais coerência da oposição nesta Casa. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos acompanha aqui e pela TVCâmara, é importante registrar para a população que nos ouve que nós temos, Presidente, mais três semanas de votações pela frente, na Câmara de Vereadores. Nós temos de ter a capacidade, agora, de construir acordos e possibilidades para vencermos uma longa pauta de votações entre os Projetos da Câmara de Vereadores e os Projetos de Lei do Executivo, dos Vereadores e das Vereadoras tanto da oposição quanto da situação. Temos um prazo curtíssimo, Sr. Presidente, acho que é possível nós fazermos um esforço para cumprirmos essa pauta até o dia 15 de dezembro. Quero disponibilizar a Liderança do Governo, o Partido dos Trabalhadores em especial, para sentarmos junto com as Lideranças, com a Mesa, para construirmos essa alternativa de votação de Projetos para o restante do período Legislativo - no caso até o dia 15 de dezembro -, tendo pela frente, ainda, uma votação longa, que é a votação do Orçamento Municipal, e projetos importantes já discutidos pela Câmara de Vereadores, como o ISSQN, que está devidamente debatido e aprofundado, inclusive com a sociedade.

Portanto, temos uma série de projetos relevantes neste restante de ano. Por isso, eu queria fazer um apelo para que nós possamos hoje, Ver. João Antonio Dib, começar o debate sobre o Orçamento e, na quarta-feira, ou encerrarmos a discussão ou já estarmos votando o Projeto, ressalvadas as Emendas destacadas. Será um processo longo de debate de uma a uma das Emendas; obviamente, poderá levar inclusive a Sessão de quarta e quinta-feira, já desconsiderando, por exemplo, o debate. Então, acho que cabe um esforço de todos os Vereadores e Vereadoras para que possamos, hoje, iniciar o debate do Orçamento Municipal. Encerrado o debate do Orçamento nós teríamos o processo de votação entre quarta ou quinta-feira, isso num esforço conjunto da Câmara, até para que possamos vencer uma série de pautas.

Há um esforço dos Vereadores para que votem projetos dos Vereadores que estão aqui, o Ver. Wilton Araújo inclusive se comprometeu a votar o Projeto hoje, não quero entrar no mérito agora, porque entrarei no tempo certo, que é na hora da discussão do Projeto, mas assim como o Ver. Wilton Araújo, há uma série de projetos importantes de vários Vereadores, e nós precisamos construir as condições necessárias para vencermos essas pautas. Sob a liderança do Ver. Pedro Américo Leal, Líder das oposições, que conjuntamente com o Líder da situação, a Mesa Diretora e as demais lideranças da oposição, obviamente, nós conseguimos constituir, Ver. Pedro Américo Leal, uma pauta de votações que avançou muito aqui na Câmara, a cada Sessão.

Noventa e oito projetos - o Ver. Pedro Américo Leal me relata de lá. O que nós temos, na verdade, são em torno de mais 30, 33 projetos de Vereadores para votar, mais em torno de uns dez projetos do Executivo que nós teremos para as próximas três semanas, aí, quem sabe, em torno de 50 Projetos - fazendo um calculo errado, que dariam 40 - mas em torno de 50 Projetos - dando uma arredondada - entre Executivo, Vereadores da oposição, da situação para votarmos em três semanas. Então, é importante o esforço de cada um dos Vereadores e das Vereadoras, que têm neste Líder a disposição para construirmos essa pauta, Ver. Wilton Araújo, que, se não me engano, está coordenando o trabalho da representação das oposições, para que a gente possa sentar e fazer, independentemente do mérito de cada Projeto. Cada um vai votar conforme a sua convicção política, a sua consciência, o mérito, e assim por diante. Mas é importante que nós viabilizemos a votação dos projetos, independentemente das posições que teremos com este ou com aquele Projeto, seja de Vereador ou seja do Executivo; o importante é termos condições de superar a pauta até o dia 15 de dezembro.

Eu acho que nós damos um bom caminho, Ver. Reginaldo Pujol, iniciando o debate do Orçamento hoje, e, quem sabe, votando o Orçamento entre quarta e quinta-feira, e concluindo o debate sobre o Orçamento hoje. É um esforço e uma disposição que a Liderança da Bancada do Partido dos Trabalhadores tem para melhorar o ritmo dos trabalhos, Ver. Pedro Américo Leal, nessa reta final do ano legislativo de 2003. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, no início da Sessão de hoje nós tivemos aqui a visita de um sem número de pessoas vinculadas ao processo do Orçamento Participativo, e, inclusive, a ocupação da Tribuna Popular por um ilustre líder comunitário, Presidente da Associação Comunitária da Vila São Vicente Mártir, que teve a oportunidade de utilizar o espaço que a Lei orgânica Municipal, no seu art. 100, oferece à comunidade e que esta Casa democraticamente consagra.

Eu faço essa lembrança diante da manifestação do Ver. Marcelo Danéris, Líder do Partido dos Trabalhadores, que concita a Casa à realização de uma tarefa que tem sido tradicional nos finais de anos legislativos, isto é, o aceleramento de alguns projetos que, pela sua natureza, tenham de, necessariamente, ser objeto de deliberação do coletivo com assento neste Parlamento. Eu diria que esse discurso do Ver. Marcelo Danéris, feito com a tranqüilidade de uma Liderança que tem-se caracterizado pela lhaneza no trato com os seus demais parceiros de representação popular, soaria de forma diferente um outro dia que não fosse no dia de hoje. Na ocasião em que ocorreram as manifestações, as vaias, aqui na Casa, eu tomei a iniciativa de alertar o Ver. Marcelo Danéris e alguns integrantes da sua Bancada do desserviço que aquela mobilização, que eu não quero debitar aos companheiros da Bancada petista ou da Frente Popular aqui na Casa, mas que me surpreendeu ter ocorrido. Num momento em que a Casa tem-se caracterizado, Ver. Wilton Araújo, por buscar o entendimento de vários assuntos, nós mesmos estamos trabalhando fortemente em torno do Projeto de Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza, com diálogo aberto, com a comunidade sendo chamada a opinar, com o nosso parecer introduzindo várias contribuições da comunidade; é certo que essas contribuições serão polêmicas, permitirão discussão. Quando a Casa está envolvida nesse processo, existe esse pequeno incidente, que não passa de um mínimo incidente na vida parlamentar, porque alguém ser vaiado nesta Casa... Eu tenho a honra de ser um dos mais vaiados que esta Casa já teve. Hoje eu me senti pouco homenageado, porque não me vaiaram quando eu me manifestei. O Ver. Zé Valdir sabe disso perfeitamente bem: quem não se acostumou com a vaia não pode entrar no processo político.

Mas, de qualquer forma, eu quero dizer o seguinte: não pensem que essa minha posição, diante do apelo do Ver. Marcelo Danéris, esteja vinculada a esse acontecimento. Tradicionalmente não gosto que matérias importantes tenham meias discussões, isto é, comecem a ser discutidas num dia para no outro dia ocorrer a votação. Perdem, nessas ocasiões, normalmente, aqueles Vereadores mais presentes no debate, e que, naturalmente, são os primeiros a discutir.

Então, eu diria que o adiantado da hora inclusive me permite fazer esse prognóstico. Nós poderíamos, hoje, e acho que isso demonstra a nossa responsabilidade com o processo legislativo em geral, esgotar aquela pauta naqueles vários assuntos que o Ver. Pedro Américo Leal chama de “projetos de painéis”, isto é, aqueles que não suscitam discussões, e reservarmos a quarta-feira, essa sim, exclusivamente para o enfrentamento do Projeto do Orçamento do Município, com a discussão e conseqüente votação nesse dia, senão da totalidade, pelo menos do principal, que é o Projeto básico, sem as Emendas, sem os Destaques que eventualmente surgirem, e surgirão vários, como bem denunciou o representante da Associação São Vicente Mártir.

Nós sabemos que a discussão do Orçamento sempre é polêmica, sempre traz algumas divergências pontuais, algumas até já históricas dentro desta Casa e que são sustentadas, de um lado, ferrenhamente, por nós da oposição e, de outro lado, são combatidas, tenazmente, pela base Parlamentar do Governo aqui nesta Casa Legislativa.

Por isso eu quero tranqüilamente dizer o seguinte: não gosto de meia discussão. Eu estaria disposto, se não há clima para isso, no dia de hoje, a iniciar a discussão do Projeto do Orçamento e irmos até o fim nessa discussão. Mas não é isso que está previsto. Está previsto apenas um esboço de discussão. Não! Vamos votar hoje o que pudermos votar, e, na quarta-feira, vamos vir aqui para discutir e votar o Orçamento. É a proposta que eu ouso fazer ao Plenário da Casa.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Em votação o Processo nº 6439/03 da Comissão de Educação da Casa, que indica o Ver. Elias Vidal para representar a Casa na Conferência Nacional de Educação, de 27 a 29 de novembro, em Brasília. Estará dentro dos limites da cota. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3640/01 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 246/01, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão, que denomina Rua Amadeu Oliveira da Silva um logradouro público não-cadastrado, localizado no Loteamento Chapéu do Sol.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 17-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 246/01. (Pausa.) Não há quem queria discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3162/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 161/03, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que denomina Rua Dr. Juliano Moreira um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Jardim Botânico.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 161/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3176/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 162/03, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, que denomina Rua Sandra Bréa um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Restinga.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 162/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3550/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 185/03, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que denomina Rua Dr. Ivan Rospide um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Agronomia.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 185/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3569/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 188/03, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que denomina Rua Leão Licurgo Brasiliano Arano um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 188/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Registro a presença de 31 Vereadores no Plenário.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3773/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 211/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Juditta Bertan Francisco um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 211/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3792/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 215/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Timbaúva um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Restinga.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 215/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4104/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 235/03, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Paulo Guilherme Lourenço um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 235/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4111/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 239/03, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Eldson Conceição de Araújo um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 239/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4126/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 243/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Alfredo Rodrigues um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 243/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4138/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 246/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Cabo Marschner um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 246/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4157/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 251/03, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Rua Leonyr da Silva um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 251/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4172/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 252/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Av. Ecoville um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 252/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4381/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 331/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Rosalvo Silveira Duarte um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 331/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

Encontram-se 32 Vereadores no Plenário e um Vereador em representação externa. Portanto, a totalidade dos Srs. Vereadores.

 

(O Ver. Elói Guimarães assume a presidência dos trabalhos.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4404/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 338/03, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que denomina Rua Antonio Jorge da Silva um logradouro público cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLL nº 338/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

(O Ver. João Antonio Dib reassume a presidência dos trabalhos.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4513/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 345/03, de autoria do Ver. Ervino Besson, que denomina Praça Nestor Lopes um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Aberta dos Morros.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 345/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4581/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 351/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua do Pampa um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 351/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4609/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 354/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Serra da Capivara um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Zé Valdir: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 354/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4690/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 360/03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Fernando Paza um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Sarandi.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 360/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 5505/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 412/03, de autoria do Ver. Raul Carrion, que denomina Rua Cilon Cunha Brum um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Farrapos.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 412/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3790/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 213/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que altera a redação da ementa e do art. 1.º da Lei n.º 9.020, de 22 de novembro de 2002, que denomina Carrion Júnior o complexo de viadutos de acesso da BR 602 à nova Estação de Passageiros do Aeroporto Salgado Filho.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 213/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 3971/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 229/03, de autoria do Ver. Ervino Besson, que institui o Dia do Líder Comunitário no Município de Porto Alegre.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 12-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 229/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte);

 

1ª SESSÃO

 

PROC. 4413/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 082/03, de autoria da Mesa Diretora e Lideranças, que altera o texto em vigor da Resolução n.º 1.178, de 16 de julho  de 1992 (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre). Com Emendas n.os 01 a 39.

 

Parecer:

- da Comissão Especial. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto, das Emendas n.os 01 a 04, 08, 11, 12, 13, 19, 23 a 27 e 33 a 39 e pela rejeição das Emendas n.os  05 a 07, 09, 10, 14 a 18, 20 a 22, 28 a 32.

 

Observações:

- discussão nos termos do art. 126, § 1.º do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão, 1ª Sessão, o PR nº 082/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 5005/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 369/03, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Pastor Carlos Walter Winterle.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 369/03. (Pausa.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu queria consultar a Liderança do PPS, face à circunstância de a Ver.ª Clênia Maranhão estar em representação, se querem votar o Projeto hoje ou querem aguardar o seu retorno.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Nobre Vereador, nós temos 32 Vereadores no plenário e apenas a Ver.ª Clênia Maranhão está em representação externa, acho que devemos votar.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação nominal o PLL nº 369/03. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 5799/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 425/03, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre à Senhora Helena Conti Raya Ibañez.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PLL nº 425/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4247/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 074/03, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Senhor José Aldair Nidejelski.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR nº 074/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Após a apuração nominal.) APROVADO por 28 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4924/03 – PROJETO RESOLUÇÃO N.º 087/03, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Senhor Carlos Alberto Pippi da Motta.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR nº 087/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4340/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 076/03, de autoria do Ver. Marcelo Danéris, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Senhor Moacyr Jaime Scliar.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2.º, V da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR nº 076/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 28 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4391/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 077/03, de autoria do Ver. Carlos Alberto Garcia, que concede o título honorífico de Líder Comunitário ao Senhor Edu João de Deus.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR n° 077/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4332/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 075/03, de autoria do Ver. Cassiá Carpes, que concede o título honorífico de Honra ao Mérito Atlético à Ginasta Daiane dos Santos.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR nº 075/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4401/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 080/03, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Músico Luis Vagner Lopes.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR nº 080/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 4771/03 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 086/03, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede o título honorífico de Líder Esportivo ao Radialista Luiz César Gomes de Freitas.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 19-11-03.

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em discussão o PR nº 086/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

E com isso se encerra a lista de ruas, de nomes e de títulos honoríficos.

 

VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. 2623/03 ­– PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 011/03, de autoria do Ver. Wilton Araújo, que altera a redação do inciso I e inclui alínea “d” no § 1.º do art. 70 da Lei Complementar n.º 07, de 07 de dezembro de 1973, e alterações posteriores, que institui e disciplina os tributos de competência do Município. Com Emenda n.º 01.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Marcelo Danéris: pela rejeição do Projeto e da Emenda n.º 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,

§ 1.º, I, da LOM.

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 06-11-03;

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Em votação o PLCL nº 011/03. O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Sr. Presidente, Ver. João Dib, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos acompanha pela TVCâmara, em especial público que está aqui esperando a votação deste Projeto de autoria do Ver. Wilton Araújo, quero colocar aqui, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores e em nome do Governo, a nossa posição em relação a este Projeto. Primeiro, é importante ressaltar que nós temos total interesse no que se refere ao seu mérito. E nós temos total disposição para construirmos uma alternativa a essa proposta. Por que é que eu digo isto? Porque nós votaremos contrários a este Projeto, por alguns motivos que eu quero elencar aqui. Primeiro, porque Projeto que se refere à questão de impostos, questões tributárias não é de autoria de Vereador, nem de Vereadora. Não é de autoria e de iniciativa do Legislativo, e sim do Executivo. Então, obviamente não seria justo que nós, que temos essa posição há anos aqui, e, portanto, com vetos do Prefeito, quando há projetos de autoria do Legislativo em relação tributária, agora votássemos a favor deste. Nós temos, por exemplo, um Projeto do Ver. Haroldo de Souza, ao qual já dissemos que somos contrários, que libera o IPTU para os portadores de AIDS. Nós votamos contrários por isso. Segundo, porque o Projeto é insuficiente do ponto de vista de ajustar a situação a que se propõe. O que é que eu quero dizer com isto? Nós temos de ter no Projeto uma situação com critérios, e detalhada. Eu sei que o Ver. Wilton Araújo diz que no Decreto nós podemos ajustar. Mas eu quero dizer aqui, de forma tranqüila, Ver. Wilton Araújo, que o Decreto não pode transbordar a Lei, Ver. Elói Guimarães. Então, o que não está no Projeto, nós não podemos ajustar via Decreto, depois, porque ele transborda a Lei aprovada; então o decreto não pode regulamentar mais do que a Lei permite, e a lei é insuficiente, porque ela não detalha bem a situação das casas de umbanda, por exemplo. Qual é a nossa proposta? A nossa proposta – e o Ver. Wilton Araújo não aceitou – é que pudéssemos, junto com vocês, com o Ver. Wilton Araújo e com o Governo, preparar um projeto que dê conta dessa situação e mande da Prefeitura aqui para a Câmara, para votarmos todos juntos, porque junto com o tema que vocês estão propondo, Ver. Wilton Araújo, nós temos outros temas que envolvem IPTU, que são as casas de assistência social, as fundações, temos a questão da Contribuição da Coleta de Lixo junto com o IPTU, que nós podemos também ajustar, e que é uma coisa que o Projeto, por exemplo, nem prevê. Então, tudo isso nós podíamos ajustar num conjunto, porque nós estamos conversando com uma série de segmentos da sociedade; vou dar exemplos: pessoas que têm casas para acolher idosos ou crianças, todas essas também merecem, e nós podemos ajustar globalmente.

É óbvio que eu não vou enganar, nem o Ver. Wilton Araújo e nem vocês, dizendo que isso seria possível fazer e enviar ainda neste ano. Não é, não é possível, realmente, mas é possível construirmos essa alternativa e enviarmos, já no início do ano, acordado entre vocês, entre o Ver. Wilton Araújo e nós, para termos uma solução equilibrada, porque o Projeto tem limites legais; legalmente ele não pode ser colocado em prática, vale mais para a disputa política, mas acho que não é esse o nosso interesse. Nós queremos construir uma alternativa. Então a nossa disposição é de construir essa alternativa junto com a Prefeitura, com a Bancada e com os Vereadores aqui na Câmara, em especial o Ver. Wilton Araújo. Mas, se ela não é aceita, eu respeito, não há problema. Só tenho, com lealdade, de dizer que votaremos contra este Projeto, e, mesmo que aprovado, nós estaremos abertos a construir, de forma negociada, uma alternativa a essa situação, e não só a esta, mas a outras situações que envolvem creches privadas, que envolvem fundações e assistência social. Não tenho nenhum problema...

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Peço a atenção, por favor, das pessoas que nos visitam.

 

(Manifestações nas galerias.)

 

Vou suspender a Sessão, talvez nos entendamos melhor com a Sessão suspensa. Solicitaria a V. Sas., que são bem respeitadas e são bem atendidas, que façam o mesmo com os Vereadores que estão na tribuna, cada um tem o direito de expressar a sua opinião, como vocês defendem as suas, mas não têm direito à palavra. Portanto, eu peço que me compreendam e deixem a Sessão fluir normalmente.

 

O SR. MARCELO DANÉRIS: Concluindo, Sr. Presidente. Só quero reafirmar: nós não vamos impedir a votação, só para ficar claro - vai ser votado -, mas votaremos contra. Nós temos disposição para negociar uma alternativa real. Se for possível, melhor para todos nós; se não é possível, só me resta lamentar, mas estaremos abertos, mesmo com a aprovação do Projeto, Ver. Wilton Araújo. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 011/03.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Vereador João Antonio Dib, Presidente desta Casa; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, senhoras e senhores. Eu acho que é um absurdo os Vereadores aqui desta Casa - de situação -, continuarem afirmando que não cabe ao Legislativo a iniciativa de processos na área tributária. Ora, já ficou mais do que comprovado, e nós já trouxemos aqui, várias vezes, inclusive num dos processos que teve a autoria do Ver. Isaac Ainhorn, uma súmula do Supremo Tribunal Federal, não é do Tribunal de Justiça daqui, é do Supremo Tribunal Federal - uma súmula -, que diz exatamente a possibilidade que existe nos Legislativos da iniciativa de projetos na área tributária e na área financeira.

Então não é por esse motivo que nós, realmente, vamos vetar a qualquer Vereador, aqui, neste Parlamento, de iniciar projetos nessa área - na área tributária. Pode! Ver. Wilton Araújo, o art. 150 da Constituição Federal, diz que têm de ser obedecidas regras para que esses projetos sejam elaborados. Eu disse na Sessão anterior que acreditava - e por isso a minha posição lá na Comissão de Justiça – que, de repente, o processo - não porque não pode o Vereador, mas dentro daquelas regras estabelecidas pelo art. 150 - não está totalmente bem conformado, mas eu acredito que são coisas que podem ser até vencidas e por isso mesmo, Ver. Wilton Araújo, eu disse da outra vez, quando este Projeto já estava tramitando, e estou reafirmando aqui, mais uma vez, que não existe nenhum problema para os Vereadores aqui, neste plenário, votarem a favor deste Projeto e deixarem para que essa discussão, a discussão jurídica seja travada a posteriori se, porventura, ela houver. O Executivo poderia - ao invés de querer discutir um outro Projeto para ser enviado para cá - ajudar a contornar problemas que, porventura, existissem nesse processo, a fim de que essa matéria pudesse ser regulamentada imediatamente. Não vejo por que, Ver. Wilton Araújo, nós não possamos fazer isso, não é? Estava certo o Ver. Marcelo Danéris quando veio aqui e disse que, na regulamentação, o decreto de regulamentação não pode ter nada além daquilo que já está no Projeto. Eu acredito que no Projeto está tudo aquilo que as pessoas que estão aqui nos prestigiando, hoje, querem. Então, se temos no Projeto todas as coisas que são necessárias para que essa matéria possa ir adiante, não vejo porque nós não possamos realmente aprovar o Projeto tal como está. Vamos junto com o Executivo ver formas de superar qualquer tipo de anormalidade que possa haver com relação à forma como está tramitando, mas nada que possa ser invencível.

Portanto, nós da Bancada do PSDB, o Ver. Cláudio Sebenelo e eu, vamos votar a favor do Projeto, de autoria do Ver. Wilton Araújo, e pedimos também para que os Srs. Vereadores possam, sem medo, sem susto nenhum, tomarem essa atitude, muito embora, lá na Comissão de Justiça, mas por outras razões, nós tenhamos até indicado um caminho contrário. Mas, aqui, vamos votar a favor. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 011/03.

 

O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, demais Vereadoras e Vereadores, comunidade religiosa afro-brasileira que se encontra aqui presente.

Em primeiro lugar, tratando do mérito da medida, eu queria dar o entendimento da Bancada do PCdoB, de que o art. 150 da nossa Constituição já é claro, ao definir que não cabe ao Poder Público, seja Federal, Estadual, ou Municipal, instituir ou cobrar impostos, tributos, sobre templos de qualquer culto. Portanto, a abrangência do imperativo constitucional é clara: não cabe a cobrança.

A Lei Complementar nº 07/73 foi modificada, em 2002, pela Lei Complementar nº 484, alterando o inciso I, da Lei nº 07, que isentava do pagamento de impostos as entidades beneficentes, hospitalares, religiosas e maçônicas sem fins lucrativos, ficando o inciso I com a seguinte redação (Lê.): “Os imóveis, ou parte dos imóveis onde esteja instalada a sede, ou a filial de entidade religiosa e maçônica, sem fins lucrativos, próprios ou alugados...” Ou seja, a legislação, modificada em 2002, já isenta, hoje, os imóveis próprios ou alugados. A modificação proposta pelo Ver. Wilton Araújo agrega aos imóveis próprios ou alugados os imóveis cedidos, ou seja, aqueles que não são nem propriedade, nem alugados em nome da entidade. E nós sabemos que essa é uma realidade bastante presente nos templos afro-brasileiros, pelo tipo de realidade que eles vivem. Então, nós concordamos, no mérito, com a questão. Aliás, eu quero dizer que o PCdoB, na Constituinte de 1946, modificou a Constituição Nacional, equiparando todas as religiões e defendendo a liberdade para todas elas, porque, até então, isso era somente para a Igreja Católica.

Nesse sentido, é do nosso entendimento contemplar as religiões afro-brasileiras. O que acontece é que, nessa questão, a Administração entende que há um vício de origem. Nós procuramos o Ver. Wilton Araújo, dissemos da nossa disposição de intermediar essa negociação. Tivemos um contato com os representantes das religiões afro-brasileiras no sentido de que nós, antes de votar, fizéssemos uma discussão com o Executivo. O Líder do Governo, Ver. Marcelo Danéris, apresentou, e agora também aqui desta tribuna, essa disposição. De qualquer forma, o Ver. Wilton Araújo, numa decisão legítima, tem o entendimento de colocar em votação a matéria, no dia de hoje, para então abrir a negociação. O Ver. Wilton Araújo alega que quer ter na mão uma votação desta Casa para fazer a negociação. Nós entendemos, respeitamos a decisão do Ver. Wilton Araújo, dissemos isso à comunidade, mas, como Vereador da base do Governo, não temos como acompanhar esse confronto com a Administração, essa disputa com a Administração. Então, por causa disso, apesar de concordarmos no mérito, nós não poderemos acompanhar essa votação favoravelmente e nos colocamos à disposição da comunidade para imediatamente fazermos a negociação com o Poder Municipal para encontrarmos uma solução. Por isso o PCdoB não poderá votar favoravelmente. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 011/03.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. João Antonio Dib, colegas Vereadores, colegas Vereadoras, nós estamos aqui analisando um Projeto que, acho, tem uma profundidade grande para a cidade de Porto Alegre. Nós sabemos, Ver. Wilton Araújo, que há centenas de casas de religião espalhadas pelos quatro cantos da nossa Cidade, e geralmente essas casas-de-santo estão localizadas em locais de renda baixa, na periferia da Cidade. A Constituição Federal estabeleceu que todos os templos têm isenção e, portanto, aqui não está-se discutindo isso. A Lei Municipal, Ver. Elói Guimarães, estabeleceu que deveria a casa estar titulada para receber a isenção, mas, na prática, o que acontece em, talvez, 80% ou 90% dos templos é a cedência pelo proprietário, que loca, ou esse é proprietário daquele imóvel para funcionamento da casa de religião. Então, se eu quero dar curso ao espírito da Lei, e eu e o Ver. Haroldo de Souza, que é meu colega de Bancada, conversávamos, e, portanto, estamos aqui encaminhando para votar favoravelmente a esta matéria, nós dizíamos: olha, se o espírito da Lei é a isenção, se o espírito da Lei é esse, se está sob o abrigo da Constituição Federal, e se aqui na Lei infraconstitucional, ou seja, na Lei Municipal está estabelecido isso, o Ver. Wilton Araújo coloca de forma prática, ou seja, traduzindo: “Então, efetivamente, se há vontade política...!” Então me perdoe o Líder do Governo - gosto muito dele, é extraordinário, fantástico Vereador desta Cidade, que é o Ver. Marcelo Danéris -, mas eu tenho certeza, Ver. Marcelo, de que, se nós aprovarmos isto aqui, Vossa Excelência, comprometido com as boas lutas, vai fazer com que o Sr. Prefeito seja sensível para não vetar a matéria, mas, se vetar, que encontre uma solução pela qual a gente possa, no ano que vem, resolver essa questão, que é uma pendenga que vem de longe.

Portanto, eu tenho absoluta certeza disso, porque eu acho que há várias causas justas. Dizia aqui o Ver. Haroldo de Souza, que foi autor de uma Lei que foi vetada pelo Prefeito que isentava também os portadores de AIDS... Essa eu acho também uma Lei justa, infelizmente ela foi vetada pelo Prefeito e a Câmara não conseguiu derrubar o Veto.

Então, portanto, nós queríamos dizer que achamos que a Lei proposta pelo Vereador é uma Lei justa. Eu, a princípio, não sou muito favorável a isenções, mas acho que há casos e casos que devem ser tratados. E, neste caso, eu não estou falando em criar uma isenção. Se fosse criar uma isenção, quer dizer que talvez a nossa posição, Ver. Isaac Ainhorn, fosse diferente. Mas eu estou falando de adaptar uma realidade, ou seja, 80% das casas hoje não são isentas, porque são cedidas pelo proprietário ou pelo locatário para funcionar a casa de religião. E, portanto, ela não pode ter a isenção que a Lei maior estabeleceu. Então esta adaptação se faz necessária. Agora, mais do que isso, eu diria aqui: as casas afro cumprem uma ritualística cultural de resgate da nossa história, do nosso País, e elas, muitas vezes, não produzem só isso não. Nós sabemos que muitas casas em Porto Alegre, Ver. Wilton Araújo, têm uma relação comunitária com o seu bairro, têm uma relação comunitária com as crianças, com os idosos, produzem aquilo que o Poder Público muitas vezes não produz; as entidades não-governamentais, cada vez mais, assumem um papel fundamental, e as nossas casas de religião assumem esse papel fantástico e extraordinário - nós sabemos - em todos os cantos da nossa Cidade. Ora, se elas produzem isso, se elas dão um retorno para a Cidade, para a cidadania, para o povo da Cidade, evidentemente que o Poder Público tem de fazer uma parte desse papel, eu não diria concedendo essa isenção, mas, sim, adaptando aquilo que a Lei Federal e a Lei Municipal já estabeleceram, mas que, infelizmente, na prática, quando as pessoas vão buscar isenção, não conseguem, porque a casa de religião não está registrada no nome da entidade.

Portanto, eu acho que é justo o Projeto ora em discussão. A nossa Bancada – eu e o Ver. Haroldo de Souza – votará a favor dessa iniciativa do companheiro Wilton Araújo. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 011/03.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Senhor Presidente e Srs. Vereadores, encontro-me aqui, neste momento, retardando compromisso que havia assentado, porque tenho um compromisso com o Ver. Wilton Araújo de votar favoravelmente a sua proposta e não o farei apenas porque eu tenha simpatia pelo Vereador, nem tampouco porque queira agradá-lo politicamente. Analisando cuidadosamente o Projeto, eu observo que nós estamos criando uma polêmica judicial diante de uma pequena adequação que a sensibilidade política, autorizada pelo conhecimento da realidade da vida da cidade de Porto Alegre, fez com que o Ver. Wilton Araújo apresentasse esse Projeto.

Ora, hoje, o que é que diz a Lei? Diz que (Lê.): “Os imóveis ou parte dos imóveis onde esteja instalada a sede ou a filial de entidades religiosas e maçônicas, sem fins lucrativos, próprios ou alugados ...”

O que é que acrescentou o Vereador? O Vereador acrescentou (Lê.) “... sem fins lucrativos, próprios, alugados ou cedidos”.

Ora, se nós damos a isenção para aquele imóvel, que é objeto de locação de um terceiro, que usufrui os resultados da locação para a entidade religiosa, afro-brasileira ou não, por que, se na hipótese de alguém ceder um imóvel, nós vamos ter essa restrição? Ora, nós deveríamos até estimular esse gesto, sem dizer que isso fere a Legislação Maior, fere a Constituição Brasileira. Nós estamos exagerando, Ver. Wilton Araújo!

Então, eu quero dizer a V. Exa. que eu fiquei aqui para apoiar o seu Projeto de Lei, que eu vou votar com ele, não para ser agradável com V. Exa, mas porque eu não quero, de modo nenhum, que sejam feitos exageros à luz de se estabelecer a legalidade nos Projetos.

Quero dizer que, num primeiro momento - eu até na Comissão de Constituição e Justiça acompanhei o Ver. Marcelo Danéris, estou fazendo a mea culpa – equivoquei-me, votei errado na Comissão de Constituição e Justiça, pois o Projeto não é inconstitucional, não é ilegal. O Projeto está de acordo com a Legislação local, eu li só o que era proposto pelo Vereador e entendi que ele estava propondo uma isenção que já é Lei no Município de Porto Alegre. Ele está adequando a redação da Lei e, por conseguinte, não está cometendo nenhuma ilegalidade e não está gerando nenhuma inconstitucionalidade. Sou seu parceiro até o fim, até para discutir, quando for necessário, a constitucionalidade do seu Projeto. Era isso, Vereador- Presidente. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): O Ver. Nereu D'Avila está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 011/03.

 

O SR. NEREU D'AVILA: Sr. Presidente, João Antonio Dib, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, antes de qualquer coisa desejo dizer que – para quem não sabe ainda – a Bancada do PDT é a segunda maior Bancada desta Casa, e, portanto, não poderia deixar de trazer, em nome da Bancada, o nosso apoio ao Projeto que consideramos oportuno e que faz justiça à realidade. As Leis - isso é comezinho e todo mundo sabe também - devem acompanhar os fatos sociais; as leis devem adaptar-se às realidades que existem nas cidades. Não adianta as leis serem boas, se elas têm aplicação restrita. Nesse caso, por exemplo, a Lei - como foi ressaltada pelos Vereadores que me antecederam -, é boa, ela tem inspiração positiva, só que - como disse o Ver. Reginaldo Pujol há poucos instantes e outros Vereadores já ressaltaram -, lendo o texto da Lei, ela refoge, resvala, tangência uma realidade de centenas, milhares de casas de religião que não têm os requisitos da Lei e, portanto, não estão isentas como a Lei propicia.

E mais, foi dito aqui, mas é importante repisar, que é exatamente uma realidade social que abrange pessoas de baixo poder aquisitivo. Portanto, não é a elite da sociedade; essa está tendo isenção. Os templos das outras religiões - ninguém tem nada contra religião alguma - estão sendo beneficiadas pela Lei. Então, o que o Vereador-autor considera? Que, exatamente, se coloque para que haja isonomia na isenção.

Eu só queria referir que essa é uma luta que vai longe. No Processo de 05 de agosto de 1996, a Ementa diz (Lê.): “Isenção do pagamento da taxa de coleta de lixo às sociedades espíritas de umbanda e de religiões africanas, no Município de Porto Alegre”. Em 05 de agosto de 1996, nós apresentamos essa isenção, que foi aprovada por 22 votos, e depois foi vetada. Dentre inúmeras leis que eu apresentei aqui, por exemplo, o Fundo de Crédito Educativo, que muitos Vereadores do PT, como a hoje Deputada Federal Maria do Rosário, que colocava no seu folder, para se eleger, que era a favor do crédito educativo e fazia grandes votações, e o Ver. Zé Valdir que tiveram as maiores contrariedades com o Fundo de Crédito Educativo; é um Fundo que não vai ser custeado só pelo Município. Então, o PT faz discurso, mas, na prática, é contrário às questões fundamentais do povo.

Preparem-se, este Projeto vai ser vetado, não vai ser negociado coisa nenhuma, nós vamos ter de derrubar o Veto. E inspirado numa maioria absoluta da Casa, acima de 17 votos - nós vamos ter de derrubar o Veto -, inspirado duas vezes em maioria, porque hoje ele vai ser aprovado por maioria, é uma Lei Complementar e, portanto, precisa de mais de 17 votos, ou seja, da maioria desta Casa - são 33 Vereadores, 17 é maioria. Então, em duas vezes, se nós derrubarmos o Veto, pois será vetado, não tenho dúvida, vai ser negociado coisa nenhuma!

Então, será vetado, vamos derrubar o Veto, e inspirado nessas duas votações acima da maioria absoluta, acho que aí pode haver sensibilidade do Executivo para negociar. Não foi o caso do FUNCRED. Eu cito só um, porque aqui há dezenas de casos de outros Vereadores também, que derrubado o Veto, foram buscar na Justiça, alegando, quando querem, quando convém, a falta de iniciativa do Vereador. Agora, quando convém às idéias do PT, aí não há fronteiras legais, não há lei. O MST está aí, não há lei de propriedade, não há lei de cerca, não há lei de nada. Invadem tudo, tudo! Inclusive aqui do lado. Aí a lei não é válida, é o direito social. Agora, quando é dos Vereadores da oposição, tem de obedecer à lei, tem de ter legalidade, isso e aquilo.

Eu só quero ser realista e, evidentemente, para concluir, quero dizer que o PDT não poderia faltar, não faltará, nunca faltou aos verdadeiros interesses da população, como para com os negros. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Vejam os nossos visitantes que a Mesa não se preocupa quando aplaudem. É normal. Nós respeitamos vocês. Saúde e paz para vocês!

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 011/03.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós queremos nos colocar na linha do entendimento de que é perfeitamente legal, possível a aprovação deste Projeto, porque o que importa é a função, mais importante do que o próprio templo, com as suas características de ordem física e que simbolizam a própria religião, mas a função, ou seja, os atos específicos e próprios do credo, da religião. E se a função se dá e se comprova, está, a nosso entender, Ver. Wilton Araújo, preenchido o preceito da lei, o preceito constitucional. Então, a iniciativa de V. Exa., fazendo incluir na Lei Municipal esse dispositivo, ajusta-se à compreensão e à interpretação do preceito constitucional, que assegura a isenção do Imposto àquelas instituições que fazem o exercício do credo religioso.

Aqui já se reiterou a afirmação de que as religiões afro – a umbanda, enfim – têm papéis de interação social, porque elas estão inseridas dentro da comunidade, convivem com a comunidade, prestam assistência social, sim, à comunidade, e assistência espiritual. Então, o que importa é a função. Esse é, exatamente, o aspecto que, na minha opinião, o espírito do legislador traz presente em todo o conjunto de normas que regem o assunto, ou seja, o que importa é a função. Pode existir um templo que não tenha função, e como tal, não mereça o apoio da lei. E pode acontecer, em outras situações, que na própria casa, numa peça da casa do Presidente ou da Diretoria, enfim, se prestem os cultos, os trabalhos que dão a conotação do serviço religioso. Portanto, a função é o que importa. Comprovada a função, se nos afigura indiscutível, inquestionável, insofismável a cobertura da lei.

Portanto, a Emenda introduzida pelo Ver. Wilton Araújo ajusta-se e faz a adequação necessária para que se faça a justiça, ou seja, assegure-se a igualdade de todos perante Deus, perante Oxalá, enfim, não importa, perante essa Entidade maior, cuja vocação o povo brasileiro tem na sua devoção.

Portanto, fica aqui o encaminhamento favorável do Partido Trabalhista Brasileiro. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): A Mesa apregoa, de autoria deste Vereador e demais Vereadores, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 020/03, que altera o sistema tarifário do DMAE.

O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 011/03.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, aqui já foram colocadas bastantes situações relativas à Constituição, que coloca a liberdade a qualquer cidadão do nosso País a qualquer culto religioso. Triste é o ser humano que não tem alguma fé, seja qual for a sua religião; o importante é as pessoas buscarem na sua fé a sua sustentação. O que o Ver. Wilton Araújo está sugerindo no seu Projeto de Lei é a inclusão de imóveis cedidos. E, no nosso entendimento, não é inconstitucional. E, quanto à questão do mérito, todos aqui já fizeram as suas colocações. Então, mediante isso, se nós entendemos que não é inconstitucional, que a Constituição diz que todos têm o livre arbítrio de escolher a sua religião, neste mérito, nós concordamos. Então, em nome do Partido Socialista Brasileiro, Ver. Wilton Araújo, queremos dizer que vamos votar favoravelmente ao seu Projeto. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Antonio Dib): Não há mais inscritos. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Wilton Araújo, o PLCL nº 011/03. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 19 votos SIM e 09 votos NÃO.

Em votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 01 ao PLCL nº 011/03. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 15 votos SIM e 11 votos NÃO.

A pauta determinada pelas Lideranças foi cumprida rigorosamente.

Está sendo solicitado que o material das mesas permaneça nas mesas, porque há material de Vereadores que está sendo levado, criando alguma confusão.

Como eu havia dito, cumprida rigorosamente a pauta estabelecida, os Vereadores já não se encontram em número suficiente no Plenário.

Lembro os Srs. Vereadores que na próxima quarta e quinta-feira, teremos que, obrigatoriamente, votar o Orçamento do ano de 2004.

Há dois dias o Líbano completou 60 anos de independência. Aos libaneses do Rio Grande do Sul e do Brasil, descendentes de libaneses, o nosso grande abraço, o abraço da Casa do Povo de Porto Alegre.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h27min.)

 

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